Professores de 34 universidades federais aderiram, nesta quinta-feira (17), ao movimento grevista para pressionar o governo a debater o plano de carreira da categoria, além de melhorias na estrutura de ensino. De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), outras instituições podem aderir à paralisação após assembleias agendadas para a próxima semana. Na Bahia, a Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) entrará em greve por tempo indeterminado, apesar de a Associação de Professores Universitários da Bahia (Apub) ter afirmado que os docentes baianos não iriam participar da paralisação.
No início da semana, o governo editou medida provisória que concedeu reajuste de 4% aos professores federais, percentual abaixo da inflação. “Foi um acordo emergencial que o governo transformou em medida provisória com a pressão dos indicativos de greve. Se a discussão da carreira tivesse se desenvolvido, provavelmente não estaríamos nessa situação”, ponderou Almir Menezes Filho, diretor do Andes.
Juazeiro
Foi com pesar que o professor Nilton Almeida, diretor do SimpoUnivasf, anunciou que os professores da Universidade Federal do Vale do São Francisco entraram em greve nesta terça-feira (15) por tempo indeterminado. De acordo com o professor Nilton, a categoria esteve reunida no Campus de Ciências Agrárias , em Petrolina, oportunidade que definiu o rumo dos professores, frisando que as negociações se arrastam por mais de um ano, sem nenhum acordo firmado. “Nossa primeira reunião foi em junho de 2011, desde lá, já foram cinco paralisações de advertência e 11 assembleias e nenhum avanço de negociação. O governo coloca a categoria em situação complicada, pois já avisou que não tem previsão de reajuste, um dos pontos da nossa pauta de 72 itens, nem para 2012 e muito menos para 2013, nos deixando apenas a saída de greve por tempo indeterminado”, desabafou confirmando que a greve foi deflagrada em prol de melhores condições de trabalho
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) destacou que “com relação ao plano de carreira dos professores e funcionários, a negociação prevê sua aplicação somente em 2013. Os recursos devem ser definidos na LDO até agosto deste ano, o que significa que há prazo e prioridade”.