O diretor-presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Joaquim Neto, o diretor de divisão do interior, José Inaldo do Nascimento, os secretários de Meio Ambiente e Ordem Pública (SEMAOP), Edvan Gonçalves, de Serviços Públicos (SESP), Eduardo Lopes, e o técnico da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA), Geraldo Araújo, participaram nesta quarta-feira (20), de uma reunião para apresentação da primeira etapa do diagnóstico técnico ambiental realizado no município de Juazeiro referente ao ‘Programa Água Doce’.
O Programa é uma ação coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil. Visa estabelecer uma política pública permanente de acesso a água de boa qualidade para o consumo humano, promovendo e disciplinando a implantação, recuperação e gestão de sistemas de dessalinização ambiental e socialmente sustentáveis.
De acordo com o especialista da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (SEMA), Magno Monteiro, 98 localidades do município de Juazeiro foram diagnosticadas, sendo que 69 delas foram contempladas. “Agora iremos passar para a segunda etapa que é a vinda de um técnico da CERB para realizar a visita nestes locais com o intuito de identificar as necessidades reais de todas as localidades, bem como a análise das condições dos poços existentes e as condições em que se encontram os sistemas de dessalinização”, explicou Magno.
O especialista em Meio Ambiente da SEMA, Edmilson Moreira Leite, enfatizou que o Programa Água Doce possui seis componentes: gestão, pesquisas, mobilização social, sustentabilidade ambiental, sistema de dessalinização e sistemas produtivos. “O Programa tem o compromisso de garantir o uso sustentável dos recursos hídricos promovendo a convivência com o semiárido a partir da sustentabilidade ambiental. Para ser beneficiada, toda a comunidade deve comprometer-se com a manutenção de todo o sistema, já que a gestão será compartilhada entre governo municipal e moradores, como também disponibilizando área para a instalação dos tanques de contenção ou para a instalação dos sistemas produtivos integrados”, esclareceu Edmilson.
O diretor-presidente do SAAE, Joaquim Neto, considerou importantíssima a vinda do Programa para o município. “Isso vai fortalecer as comunidades, tornando os sistemas de dessalinização e produtivos autossustentáveis, por meio da capacitação de agentes locais multiplicadores. O termo de compromisso assinado pela comunidade define os responsáveis em cuidar do sistema e objetiva ainda, a destinação adequada do concentrado da dessalinização, visando à preservação do meio ambiente e garantindo água para todos”.
Neto ressaltou ainda que o efluente do dessalinizador (concentrado) que antes era um problema para as comunidades, agora com o Programa Água Doce passará a ser usado na utilização de criação de peixes, como também no aproveitamento da irrigação da erva-sal (Atriplex nummularia) que é utilizada na produção de feno para alimentar os caprinos ou ovinos da região.