Mas a proposta pode ser aplicada em qualquer parte do país. A ideia é dar renda e trabalho para pequenos agricultores. O Projeto “Desenvolvimento Comunitário no Semi-Árido do Piauí: mamona e feijão-caupi – energia, renda e cidadania”, foi desenvolvido pela Embrapa Meio-Norte em parceria com o Comitê de Entidades no Combate à Fome e Pela Vida – COEP. O modelo tem se revelado com muito sucesso e pode ser aplicado para outras regiões do País.
Cerca de 1.500 pequenos agricultores trabalham no pólo de produção de mamona nas comunidades: Cacimba, município de Anísio de Abreu; Boa Vista, em Jurema; Solidão, município de São Braz do Piauí; e Quixó, em São Raimundo Nonato. Cada família trabalha em uma área de 3 hectares, com uma assessoria permanente da Embrapa Meio-Norte e organizadas em associações. A meta maior do projeto é consolidar uma cadeia produtiva, que vai da plantação de mamona à comercialização do biodiesel. Elas dispõem na comunidade Cacimba, sede do pólo, de uma tele-sala de informática interligada a um satélite. A maioria dos agricultores, segundo o pesquisador Francisco de Brito Melo, gestor do projeto, já está navegando na Internet.
Em outro projeto, desta vez com a parceria do Banco do Brasil e do Sebrae, a Embrapa Meio-Norte está beneficiando cerca de 4 mil agricultores em 28 municípios, concentrados nas microrregiões de São Raimundo Nonato e São João do Piauí, pólos de produção de mamona no estado.
O Piauí é hoje, de acordo com o IBGE, o segundo maior produtor de mamona do País, com uma área colhida de 16 mil hectares. A Bahia continua na frente com uma área de aproximadamente 200 mil hectares.
da redação do Nordeste Rural