Em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, no povoado de Atalho, o projeto ‘Terreiros Produtivos’ tem transformado a realidade de moradores e diminuído os efeitos da seca com o uso da água salobra. Desta forma, água retirada do solo, através de poços artesianos, é usada para irrigação, possibilitando a produção de várias culturas na área de sequeiro.
Na área onde o projeto de irrigação já é aplicado, a caatinga é verde. Este o resultado da irrigação com água salobra. “Antes aqui era a seco, não chovia também. Desde novembro, dezembro, que não estava chovendo, mas o pessoal que passava já via os pulmões verdes, e isso aqui foi uma alegria”, comenta o agricultor Francisco João dos Santos.
A água salobra sai do poço artesiano e segue por uma tubulação central até as canaletas que distribuem a água pelas mangueiras de gotejamento. “Se você for do momento da perfuração, a instalação de equipamentos e o conjunto de irrigação vai ficar de R$30 a R$40 mil reais . No caso, do terreiro produtivo, fica em torno de R$10 mil reais”, explica o secretário de desenvolvimento econômico e agrário de Petrolina, José Batista da Gama.
Uma propriedade que fica no povoado de Atalho, na Zona Rural de Petrolina é a unidade demonstrativa. A meta do projeto terreiros produtivos é de expandir a iniciativa para outras áreas e mudar a vida de muitas famílias. “A mudança socieoeconômica, ele muda a estima em trabalhar a terra, em criar os animais. Ele vai ter um rendimento melhor no seu orçamento mensal. Ele tem perspectiva, nosa caso da palma, de produzir em torno de 200 a 600 toneladas de biomassa por hectare”, reforça Batista.
O agricultor Elucicláudio Nunes de Amorim espera a implantação da tecnologia nas terras do Sítio de poços, distrito de Cristália, local em que nasceu e cresceu. “Vai trazer outro cenário, outra realidade para a gente que mora na área de sequeiro, que tem muita dificuldade. A questão da água, como manter o rebanho, mas com a implantação de um projeto desse, a vida vai ser totalmente diferente”, relata.
O projeto terreiros produtivos vai beneficiar cerca de 200 propriedades com áreas de até R$10 mil metros quadrados.
G1 Petrolina




