Mais de 700 jovens, que são agentes comunitários rurais (ACR), em comunidades do interior de toda a Bahia, estão conquistando a tão sonhada autonomia financeira e realizando sonhos e projetos.
Isso é uma realidade para aqueles que atuam em projetos do Governo do Estado, como o Bahia Produtiva e o Pró-Semiárido, ambos executados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
Só no Bahia Produtiva, projeto cofinanciado pelo Banco Mundial, atualmente trabalham 644 jovens rurais, homens e mulheres, que atuam na assistência técnica e extensão rural (Ater), junto às famílias agricultoras e suas organizações produtivas, selecionadas via editais e atendidas com recursos para fortalecer sistemas produtivos estratégicos, como a apicultura, meliponicultura, piscicultura, aquicultura, bovinocultura de leite, avicultura e ovinocaprinocultura, dentre outros.
Ramiro Junior, 23 anos, que é casado e pai, atua como ACR, pelo Bahia Produtiva, desde 2017, na comunidade Fazenda Sobradinho, em Irará. Ele conta que, a partir das oportunidades do projeto, está cursando o 7º semestre de Engenharia Agronômica, sem se ver em outra área de atuação: “Antes de desenvolver o trabalho como ACR, não tinha quase nenhuma relação com o campo, nem tampouco experiências. Hoje, trabalhando há mais de quatro anos no projeto, vivo o sonho que estava escondido. O Bahia Produtiva trouxe-me infinitas oportunidades, como conhecimento e vocação profissional. Acredito na sustentabilidade do campo e permanência do jovem na zona rural, pelo fato de que é possível gerar renda e produzir alimentos saudáveis sem precisar ir em busca de emprego nas grandes cidades. Hoje tenho minha família e casa própria”.
No Pró-Semiárido, projeto cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), estão atuando como ACR 88 jovens, selecionados pelas comunidades para contribuir com as ações em suas localidades. Os(as) agentes atuam como elo entre os projetos e as comunidades rurais. São grandes responsáveis por fazer a política pública acontecer.
Entre os critérios para a seleção de ACR estão: ter até 29 anos e residir em comunidades atendidas pelos projetos. Para muitos jovens, a função de ACR é também seu primeiro emprego. Com carteira assinada, homens e mulheres, que contam com uma motocicleta para o deslocamento nas comunidades, recebem formação em diversas áreas, que vão desde capacitações sobre produção agropecuária, até oficinas sobre gestão e controle social. Alguns(as) destes(as) jovens estão conquistando novos espaços e exercendo cargos importantes nos municípios em que residem.
Fonte: Ascom SDR