Em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, a menina Beatriz Angélica, de sete anos, foi assassinada a facadas brutalmente no Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, durante uma solenidade de formatura no dia 10 de dezembro de 2015. Nesta quinta-feira (11), há mais de dois meses do crime, data em que a menina completaria oito anos de idade, uma grande manifestação reuniu dezenas de pessoas em frente a antiga escola de Beatriz e interditou a Avenida Guararapes, no centro da cidade.
Para cobrar uma solução para o crime, pela primeira vez, os pais da menina, Lúcia Mota e Romilton Ferreira, participaram do ato junto com a comunidade, que já havia realizado diversos protestos anteriormente. Vestidos de branco, os presentes carregavam consigo velas acesas e um sentimento de solidariedade. Foram feitos círculos de oração e entoado vários louvores.
Comunidade participa de protesto para solução decaso de Beatriz em Petrolina
(Foto: Juliane Peixinho / G1)
Durante a manifestação, a mãe fez um pronunciamento emocionado. Ela cobrou a colaboração da escola nas investigações. “Não podemos viver com medo e aterrorizados, e para isso, a Escola Nossa Senhora Maria Auxiliadora tem que contribuir com as investigações dos fatos e a polícia tem obrigação de dizer quais as motivações e quem são esses monstros. A brutalidade aconteceu dentro de uma escola católica com quase 90 anos de tradição na região”, relata Lúcia Mota.
Em seu discurso, Lúcia pediu um pronunciamento do Ministério Público Federal e ajuda da Polícia Federal para que o crime seja desvendado. “Esperamos um pronunciamento do MPF. Queremos saber quem são os promotores da Infância e Juventude de Petrolina que estão acompanhando o caso e qual a colaboração têm dado para que o crime seja desvendado. Esperamos que a Polícia Federal também ajude, porque a depender da motivação, o problema não é apenas só de Petrolina e Juazeiro, na Bahia”, ressalta.
Manifestação em prol do caso Beatriz interditaAvenida Guararapes em Petrolina, PE
(Foto: Juliane Peixinho / G1)
A mãe reconheceu ainda o trabalho da polícia. “Queremos agradecer ao delegado, policiais e investigadores que estão se empenhando para desvendar esse caso. Nós queremos justiça, respostas, queremos paz para todas as famílias. A possibilidade do crime ser passional já foi descartada pelos investigadores. Mas, exigimos uma resposta, porque tem uma pessoa ou um grupo solto que está impune”, conclui.
Em entrevista nesta quinta-feira (11), o delegado de Polícia Civil que é responsável pelo caso em Petrolina, Marceone Ferreira, disse que a investigação corre em sigilo, mas que o caso é de alta complexidade.
Quem desejar contribuir com a investigação do Caso Beatriz pode denunciar pelo telefone fixo (81) 3719-4545, o custo é de uma ligação interurbana, ou gratuitamente no site da organização. Outra alternativa é fazer a denúncia via WhatsApp: (81) 9 9119-3015. A recompensa é de R$5 mil.
Fonte: G1 Petrolina




