A deputada federal Lídice da Mata (PSB) declarou que pode haver uma unificação na base de do governador Rui Costa (PT) em torno de um projeto. O Palácio de Ondina quer a união das pré-candidaturas da pessebista, de Bacelar (Podemos) e de Olívia Santana (PCdoB) em uma eventual chapa. Assim, a base lançaria dois nomes: um fruto dessa composição e outro pelo PT. O problema é que, por enquanto, ninguém se mostrou disposto a recuar.
“Ainda não tenho essa informação. Acho que essas pré-candidaturas expressam a necessidade de cada um desses partidos discutir um projeto. Acho que, acima de tudo, qualquer unidade tem que se dar construindo um projeto pela cidade de Salvador. O nome, nós podemos tirar um e colocar outro. O importante é que a gente tenha uma ideia unificada sobre o que pensamos da cidade”, afirmou à reportagem.
“A cidade, que chegou até aqui, e que tem hoje investimentos novos, imensos, do governo do Estado. Investimento também da prefeitura. Desafios que Salvador tem a responder a partir de 2020, século 21, para se tornar a cidade mais importante do Brasil. Porque isso é que ela foi fundada para ser”, completou.
A deputada estadual Fabíola Mansur (PSB) se mostra interessada na unificação, mas pondera que são poucas vagas na majoritária para muitos partidos. “Acho que é o desejo de toda a base de Rui Costa que a gente pudesse sair sempre unificado. O problema é são três candidaturas para duas vagas. Então, isso tem que ser muito bem alinhavado, bem dialogado. E nada impede também que os partidos saiam com seus próprios candidatos. Isso não só marca posição, como também uma agenda positiva na cidade para que o eleitor possa conhecer o que cada partido tem a oferecer na cidade”, declara.
“Isso também ajuda aos vereadores em um momento em que não há coligação, para que a gente possa eleger o maior número de representantes. Então, vamos agora fazer uma candidatura e o partido nacionalmente também deseja a pré-candidatura de Lídice, que reúne uma história de luta em defesa da igualdade e das mulheres. Vamos esperar a tentativa de unificação”, completa.
Na semana passada, Lídice trouxe o deputado federal e líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), para dar peso ao seu “bloquinho” na Lavagem do Bonfim. Questionado pela reportagem se a sigla é “satélite” do PT, ele negou. “O PSB é o partido de Miguel Arraes, Eduardo Campos, Jamil Haddad. Sempre teve vocação para construir seu próprio caminho. É um partido que tem vocação para fazer alianças, mas não para ser satélite. O PSB tem sua luz própria para ajudar o Brasil a sair do atoleiro que ele se encontra”.
Tribuna da Bahia