Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos (PSB), vai desempenhar um papel importante na campanha da ex-ministra Marina Silva à Presidência. Figura constante ao lado do marido, seu nome vem sendo cogitado até mesmo para ocupar a vice na nova chapa do PSB, hipótese considerada remota. Em nota enviada no domingo, 17, o partido afirmou que ela será a primeira pessoa a ser consultada para discutir o futuro da legenda na disputa presidencial.
A viúva ainda não falou sobre o assunto, mas já sinalizou disposição de levar adiante o legado do marido, que deixou o governo de Pernambuco em abril deste ano para disputar a Presidência. Ela própria convocou uma reunião para esta segunda-feira, 18, para reiterar o apoio integral ao nome escolhido por Campos para representá-lo na sucessão estadual, o do ex-secretário Paulo Câmara. Irmão de Campos, o advogado e escritor Antônio Campos, avalia que, neste momento, a viúva deve optar por dar prioridade à criação dos cinco filhos, embora reconheça que ela seja “um importante quadro político”.
Renata também já sinalizou à cúpula do partido que neste momento não poderia aceitar o convite pois precisa dar atenção à família, em especial ao caçula Miguel, de 7 meses. Parte da cúpula do PSB gostaria que Renata aceitasse o convite por considerar que ela seria a única que Marina ouviria nas disputas internas. Ontem, um dos refrões entoados pela multidão durante o enterro de Campos – que morreu na quarta-feira passada na queda do jato Cessna em Santos – fazia referência a essa possibilidade: “É tudo ou nada. Marina e Renata”, gritavam os populares.
O favorito para o posto de vice de Marina, porém, é o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque, candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul.
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