Um grupo ligado ao EI (Estado Islâmico) decapitou o refém francês Hervé Gourdel, de acordo com um vídeo publicado nesta quarta-feira (24) pelos extremistas.
O governo do presidente François Hollande confirmou a morte do refém.
O refém, de 55 anos, tinha sido sequestrado na Argélia, no último domingo (21). Ele trabalhava como guia de alpinistas e havia chegado ao país no dia 20 de setembro.
No vídeo, intitulado “Mensagem de Sangue ao Governo Francês”, membros do grupo Jund al-Khilafah, filiado ao EI na Argélia, anunciam a decapitação do francês.
O Jund al-Khilafah havia dado um ultimato de 24 horas para o governo da França suspender os ataques aéreos contra a Síria e o Iraque. Em um vídeo divulgado na segunda-feira (22), Gourdel apareceu fazendo um apelo para que seu país parasse com os ataques.
A França é um dos que formam a aliança internacional apoiada pelos Estados Unidos para combater o EI. Há dias, aviões bombardeiam a região norte dos dois países, que está sob o controle dos jihadistas.
“A nossa segurança nacional está em jogo como nunca esteve nos últimos anos”, disse hoje o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, em um discurso na Assembleia Nacional do país sobre a participação da França nas intervenções militares contra o EI.
Ele prometeu que Paris continuará ajudando nos bombardeios até que o Exército do Iraque retome o controle da situação.
Mais cedo nesta quarta-feira, fontes do governo argelino haviam anunciado uma operação conduzida pelo Exército local para localizar o refém francês. Mais de 1.500 soldados estariam envolvidos nessa operação.
O anúncio da decapitação do refém francês foi feito no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursou na abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, no qual falou sobre a luta contra o EI.
Apesar de defender a estratégia militar de bombardeios, Obama disse que a “América nunca entrará em guerra contra o Islã”.
O EI tenta estabelecer um califado sunita entre o norte da Síria e do Iraque. Para isso, adota métodos extremos, como sequestros, perseguições, mutilações e decapitações. Outros reféns, sendo dois norte-americanos e um britânico, já foram decapitados pelo grupo.
Fonte: UOL Notícias