O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (3) em entrevista à Rádio Gaúcha que a aprovação da reforma da Previdência deve ser “completa” para que o tema não precise voltar à pauta do Congresso nos próximos anos.
Meirelles defendeu o texto aprovado na comissão especial da Câmara que debateu a reforma, cujo teor se assemelha ao projeto original enviado pelo governo ao Congresso.
No entanto, a expectativa entre líderes partidários na Câmara e no Senado é que, por se tratar de um tema delicado às vésperas de ano eleitoral, a reforma tenha dificuldade em ser aprovada. No meio político se discute a alternativa de votar apenas alguns pontos do texto.
Para Meirelles, uma reforma enxuta levará à necessidade de voltar a discutir a Previdência em breve.
“A reforma agora precisa ser completa e suficiente par que o assunto não precise voltar mais tarde para o Congresso”, disse.
Meirelles voltou a defender a aprovação da reforma como solução para que as pessoas tenham garantia de que receberão suas aposentadorias.
Eleição
O ministro foi mais uma vez questionado se é pré-candidato à Presidência da República e afirmou que a decisão será tomada na “hora certa”.
“Eu não tomo decisões por antecipação. Inclusive porque decisões por antecipação são uma perda de tempo. Minha decisão no momento é ser um bom ministro da Fazenda”, afirmou.
Sobre a possibilidade de ser vice em alguma chapa, Meirelles foi mais enfático e disse que não existe essa possibilidade. “Isso não se coloca, e eu não seria candidato a vice em nenhuma hipótese”.
Na semana passada, o ministro havia dito em evento com empresários em São Paulo, que seria “até interessante” o cargo de vice-presidente da República. Minutos depois, no entanto, afirmou que a declaração havia sido feita por “mera brincadeira”.
G1
Foto: Divulgação / Governo do ES






