As péssimas condições das penitenciárias brasileiras e as barbáries cometidas pelos presos foram assunto de um artigo publicado nesta quinta-feira (16) pela revista britânica The Economist, com o título “Bem-Vindo à Idade Média”. O texto destaca a decapitação de três detentos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão. “A gravação despertou muitos brasileiros para as condições infernais de suas prisões”, afirma a publicação.
A revista aponta ainda a superlotação das unidades prisionais como um dos principais fatores para o alto número de homicídios. Além disso, aponta a diferença entre o crescimento populacional brasileiro nas últimas duas décadas, de 30%, com o aumento da população carcerária no período, que cresceu cinco vezes. Com 550 mil detentos, o Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, atrás somente dos EUA, China e Rússia, diz a Economist. Somadas, as penitenciárias brasileiras têm capacidade para apenas 300 mil internos, aponta a publicação.