Rosberg vence GP de Abu Dhabi e fecha temporada 2015 em grande forma. E Hamilton peita Mercedes

Nico Rosberg terminou a temporada 2015 do Mundial de F1 no topo do pódio. O alemão só ‘acordou’ depois que viu o rival Lewis Hamilton confirmar o tricampeonato mundial nos Estados Unidos e, desde então, venceu no México, no Brasil e neste domingo (29) em Abu Dhabi. Assim, o piloto da Mercedes consolida um grande fim de temporada depois de emendar também uma sequência de seis poles nas últimas seis provas. Mas é fato que o desfecho da corrida não agradou Hamilton, que foi impedido pela Mercedes de usar os pneus supermacios — mais rápidos — para atacar Rosberg no fim da prova.

No fim da corrida, a Mercedes pediu a Hamilton para reduzir a potência do motor e reduzir o ímpeto no ataque contra Rosberg. Mas o britânico respondeu e peitou o time, dando de ombros para a ordem que vinha dos boxes. No fim das contas, a temporada terminou com mais um triunfo prateado, mas também com um claro clima de tensão nos bastidores, o que vai dar muito pano pra manga nas próximas semanas.

Com o triunfo deste domingo em Yas Marina, Rosberg chega a 14 vitórias na F1. A conquista faz Nico igualar verdadeiras lendas da F1, como Emerson Fittipaldi, Graham Hill e Jack Brabham. E, no fim das contas, faz o alemão terminar 2015 com moral suficiente para, ao menos no psicológico, começar mais forte a próxima temporada.

Hamilton teve de se contentar com o segundo lugar, mas independente do resultado conquistado neste domingo, consolida 2015 como o melhor ano da sua carreira, igualando feitos históricos do seu ídolo Ayrton Senna ao chegar ao tricampeonato e também à célebre vitória 41 na F1. Kimi Räikkönen fez uma corrida solitária, largou em terceiro e por lá terminou, sem conseguir ameaçar a dupla da Mercedes, mas tampouco ter sua colocação posta em risco pelos adversários.

Sebastian Vettel fez uma enorme participação. Depois de ter largado em 15º, vítima de uma falha estratégica da Ferrari na classificação, o alemão adotou uma estratégia distinta e foi muito bem-sucedido, terminando em quarto lugar e consolidando a Ferrari como segunda força do grid depois de um ano desastroso em 2014. O tetracampeão terminou à frente de Sergio Pérez. Tanto o mexicano como também sua equipe, a Force India, confirmaram em Abu Dhabi que 2015 foi a melhor temporada para ambos na história da F1.

Saiba como foi o GP de Abu Dhabi de F1

A largada da última corrida do ano foi bem tranquila para Rosberg, que não teve dificuldades para se manter à frente de Hamilton. Räikkönen sustentou a terceira colocação, seguido por Pérez e por Hülkenberg, que ganhou a posição de Ricciardo na primeira volta. As Williams largaram mal, com Felipe Massa caindo para décimo, seguido por Valtteri Bottas. Mas ao fim do primeiro giro, o brasileiro conseguiu voltar à posição original de largada.

Lá atrás, Pastor Maldonado e Fernando Alonso se tocaram, com o venezuelano ficando de da prova na primeira curva. O incidente acabou sendo colocado sob investigação pelos comissários de prova. O espanhol acabou sendo punido com um drive-through por ter sido considerado culpado pelo acidente. Fato é que aquele era o pior desfecho possível de um campeonato extremamente complicado e ruim para os dois, que devem seguir em suas respectivas equipes para 2016.

Com um bom ritmo de corrida, Massa aparecia como um dos destaques ainda no entardecer em Yas Marina depois de superar Sainz e subir para sétimo lugar. O brasileiro era o mais rápido da pista no princípio da prova. Já o compatriota Nasr lutava com valentia contra a Lotus de Romain Grosjean, que tinha sua força no motor Mercedes. Depois de ter sido ultrapassado pelo franco-suíço, Felipe foi aos boxes para fazer sua parada na quinta volta.

Enquanto Rosberg abria ligeira vantagem para Hamilton, Ricciardo travava uma bela disputa com Hülkenberg, ganhando a quinta colocação. Mas pouco depois, o australiano foi para os boxes para fazer sua primeira parada, sendo acompanhado por pilotos como Pérez e Massa.

Na saída dos boxes após seu pit-stop, Bottas acabou acertando a traseira do carro de Jenson Button e levou a pior, tendo o bico da sua Williams bem danificado, tendo de regressar ao pit-lane, comprometendo sua corrida. Enquanto isso, com dez voltas completadas, Rosberg vinha para os boxes para fazer seu primeiro pit-stop, enquanto Sebastian Vettel se sustentava na pista com uma estratégia distinta e vinha em quarto.

Enquanto isso, com dez voltas completadas, Rosberg vinha para os boxes para fazer seu primeiro pit-stop, sendo seguido pouco depois por Hamilton, enquanto Sebastian Vettel se sustentava na pista com uma estratégia distinta e continuava na pista.

Depois da primeira janela de pit-stops, apenas Vettel ainda não tinha feito sua parada e ocupava o terceiro lugar, só atrás de Hamilton e do líder Rosberg. Mas o alemão, já sem o melhor rendimento dos seus pneus, abriu passagem para Kimi subir para terceiro, ficando à frente de Pérez e Grosjean, outro que fazia uma bela prova e tinha tática distinta em Abu Dhabi.

Mas no geral, a corrida vinha em ritmo bem morno, de forma muito semelhante ao que aconteceu há duas semanas no Brasil. Era um fim de feira completo para a F1 em 2015.

As colocações da prova estavam inalteradas: Rosberg na frente, com ligeira vantagem para Hamilton e Räikkönen em terceiro. Vettel aparecia em quarto e conseguia se manter à frente de Pérez, enquanto Grosjean estava em sexto lugar. Ricciardo, Hülkenberg, Massa e Kvyat fechavam o rol dos dez primeiros, enquanto Nasr ocupava o 13º lugar.

Na volta 22, Verstappen foi o primeiro piloto a entrar no box para fazer sua segunda parada, abrindo uma nova janela de pit-stops. Duas voltas depois, finalmente, Vettel entrou no pit-lane para realizar seu primeiro pit-stop, seguido por Grosjean. Em teoria, tanto o alemão como o franco-suíço ousaram na estratégia e tinham todas as condições de avançar com posições preciosas.

Depois da sua parada, Vettel caiu para sexto lugar, com Pérez voltando ao quarto posto, seguido por Ricciardo. Massa continuava em sétimo, enquanto Hülkenberg voltava ao pit-lane para realizar seu segundo pit-stop na volta 26, assim como Kvyat. Ricciardo e Massa pararam para trocar pneus na volta seguinte. Assim, o brasileiro caía para décimo.

Lá atrás, em último, Alonso pedia por um safety-car porque sabia que seria a única chance de pontuar. A verdade é que o espanhol não via a hora de encerrar sua jornada em Abu Dhabi e pensar de vez em 2016.

Sem ter o que perder, Hamilton forçava bem seu ritmo e conseguia se aproximar de Rosberg, que tinha de lidar com o alto desgaste dos pneus macios. Assim, a vantagem do alemão, que era de quase 6s, caiu para menos de 2s. Lewis se aproximava do líder da corrida, que ainda resistia e se segurava na frente, sempre mais lento que o rival. Mas o mais rápido na pista naquele começo de segunda metade da corrida não era nem Rosberg e tampouco Hamilton, mas Vettel, que fazia uma grande corrida e subia para quarto lugar, à frente de Pérez, que andava no mesmo ritmo do tetracampeão.

Hamilton assumiu provisoriamente a liderança na volta 32, quando Rosberg foi chamado pela Mercedes para fazer seu segundo pit-stop, num momento que até poderia definir o vencedor em Abu Dhabi. No giro seguinte, foi a vez de Räikkönen, então em segundo lugar, parar para trocar pneus. Mas a Ferrari fez um trabalho bem lento com o finlandês, com o pit-stop acima dos 6s.

Rosberg voltou à pista ‘com a faca entre os dentes’ e logo de cara já marcou a melhor volta da corrida naquele momento ao anotar 1min45s450, buscando reduzir ao máximo a vantagem de Hamilton antes de o tricampeão fazer sua parada derradeira. Por sua vez, Lewis retardava ao máximo seu pit-stop para tentar dar o bote no alemão nas voltas finais.

Hamilton continuava na liderança perto da volta 40, mas Rosberg continuava reduzindo a diferença por contar com pneus em melhores condições. Tudo indicava mesmo que Nico tinha a vitória em mãos, já que Hamilton fatalmente faria mais uma parada, assim como Vettel, que realizou seu segundo pit-stop na volta 40 e retornou à pista logo atrás de Ricciardo e Pérez, mas com pneus supermacios.

Pouco antes de fazer seu pit-stop, Hamilton questionava a Mercedes sobre o uso dos pneus supermacios, mais rápidos para o fim da prova. Seu engenheiro de pista rebateu e disse que o melhor para Lewis terminar a corrida eram os macios, desagradando o piloto e, na prática, definindo a fatura em favor de Rosberg. Quando o tricampeão parou na volta 42, Rosberg, naturalmente, reassumiu a liderança.

Hamilton voltou bem rápido e com um rendimento que lhe fez, logo de cara, anotar a então melhor volta da corrida: 1min44s413. Räikkönen fazia uma solitária corrida e vinha em terceiro, enquanto Vettel apertava o ritmo para chegar em Pérez e ganhar o quarto lugar. Não demorou muito, e o tetracampeão ultrapassou o mexicano na volta 45, consolidando uma grande corrida em Yas Marina.

No fim da corrida, a Mercedes pediu a Hamilton para reduzir a potência do motor e reduzir o ímpeto no ataque contra Rosberg. Mas o britânico respondeu e peitou o time, dando de ombros para a ordem que vinha dos boxes. No fim das contas, a temporada terminou com mais um triunfo prateado, mas também com um claro clima de tensão nos bastidores, o que vai dar muito pano pra manga nas próximas semanas.

Fonte: MSN Notícias

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