O governador da Bahia, Rui Costa (PT), não vai participar hoje da Lavagem do Bonfim após passar por uma cirurgia no dia 5 de janeiro para a retirada de um nódulo mamário e ginecomastia, identificados durante investigação no mês de dezembro passado. É a segunda vez que o chefe do Palácio de Ondina não participa da celebração religiosa desde que assumiu o mandato em 2015. Naquele ano, Rui não foi à festa após ser diagnosticado com traqueobronquite. Por aconselhamento médico, novamente, o petista preferiu se manter em repouso. “Como eu queria ir para a Lavagem do Bonfim… Insisti muito, mas não teve jeito: depois de passar por uma nova avaliação agora pela manhã, não consegui liberação médica. Mas tudo bem, vou acompanhar tudo de casa e assim que puder, irei ao Bonfim fazer minhas orações e agradecer. Pela saúde, pela família, pela vida e mais uma vez, por todo o carinho que tenho recebido de vocês. O importante é a fé que não falta nunca! Boa Lavagem pra quem vai a pé e pra quem, como eu, também vai estar lá em pensamento!”, escreveu Rui Costa, em suas redes sociais.
Com a ausência do governador, a tendência é que a Lavagem do Bonfim seja marcada pela polarização do grupo do prefeito ACM Neto (DEM) e o bloco liderado pelo senador e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Ambos são cotados para a disputa pelo governo da Bahia em 2022.
Nesta semana, o deputado federal Marcelo Nilo (PSB) afirmou que Rui e Neto são os “nomes mais fortes” para vencer a disputa pela sucessão do governador Rui Costa daqui a dois anos. “Se fizer uma pesquisa hoje, os dois nomes mais fortes são Jaques Wagner e ACM Neto. Acho que Jaques Wagner está na frente”, disse, em entrevista à rádio Metrópole. Nilo divergiu do vice-governador João Leão (PP), que sugeriu ao prefeito soteropolitano ser candidato a deputado federal no próximo pleito porque não teria chances contra a unidade do grupo liderado por Rui.
“Eu discordo. O ACM Neto é forte em qualquer município da Bahia como Jaques Wagner é forte em qualquer município da Bahia. O nome ACM Neto pesa muito. Além de ter o nome, ele foi o deputado federal mais votado da Bahia, com 400 mil votos. É o prefeito de Salvador por oito anos. Todo mundo do interior tem relação com alguém em Salvador. Então, não pode deixar de reconhecer que o nome de ACM Neto é um nome forte”, afirmou. Para Nilo, o gestor democrata é um “homem muito bem avaliado no estado”, apesar de o DEM ter poucas prefeituras no estado.
Tribuna da Bahia