SECJU
A secretaria de Cultura e Juventude de Juazeiro (SECJU) vai realizar o 1º Seminário sobre o Patrimônio Histórico e Cultural do Município, dia 06 de novembro. Para isso toda uma mobilização está sendo feita junto aos organismos municipais, instituições do Estado da Bahia, como o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) e também em nível federal, através da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), além do Conselho Estadual de Cultura e sociedade civil.
Reuniões e visitas técnicas foram programadas para planejar com antecedência essa discussão com a sociedade juazeirense, que do ponto de vista institucional e histórico, tem uma importância muito grande para o Município. “É a preservação de nossa memória que está em discussão, não somente o patrimônio material, mas também o imaterial. É importante o engajamento da sociedade para que possamos efetivar essa política pública em nosso Município”, declarou o titular da SECJU, Donizete Menezes.
O secretário lembra que foi a secretaria de Cultura e Juventude que iniciou esta discussão e vai realizar o primeiro seminário voltado para o patrimônio histórico e cultural de Juazeiro, com esta dimensão, envolvendo organismos das esferas municipal, estadual e federal, e principalmente discutindo com a sociedade civil, levando ao conhecimento da população à Lei Municipal de Tombamento Nº 1.667/2002.
Um encontro com diversos representantes do Município, como as secretarias de Administração; Desenvolvimento Econômico e Turismo; Planejamento e Aceleração do Crescimento; do Conselho Estadual de Cultura; do IPAC; da UNIVASF, e do Coletivo Amigos da Ilha do Fogo, na sede da secretaria de Cultura, definiu algumas ações, que irão compor a nova agenda das entidades parceiras visando o seminário.
Para o diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), João Carlos de Oliveira, em visita a Juazeiro, existem algumas demandas na cidade, como a reestruturação da Ilha do Fogo para fins culturais, entre outras que estão sendo avaliadas, num esforço conjunto com o Município. “A nossa ideia é se aproximar mais do poder público municipal”, disse, reforçando que é preciso união de forças. “O discurso que a gente traz é que a discussão sobre o patrimônio seja tripartite, com forças municipais e dos governos do estado e federal”.
O presidente do Conselho Estadual de Cultura, Márcio Ângelo Ribeiro, que articulou a vinda do diretor do IPAC a Juazeiro, defendeu a ideia de que o Município tem que provocar essa discussão até para chamar a atenção dos organismos federais para o envolvimento com a questão do patrimônio histórico de municípios interioranos. “É preciso mesmo essa provocação. Nós não temos políticas públicas de patrimônio, nem de culturas populares. Então estamos articulando várias visitas visando essa discussão”, explicou.
As visitas técnicas ao patrimônio histórico e cultural de Juazeiro contou, além de representantes locais, com o acompanhamento do pesquisador da UNIVASF, Sérgio Motta. Toda a equipe envolvida nas discussões visitou diversos espaços, como o galpão da Ilha do Fogo; edificações do Séc. XIX na Orla II; o Vapor Saldanha Marinho (Vaporzinho) e os prédios da antiga e nova estação, já desativada, localizados no Bairro Piranga, entre outros bens e equipamentos públicos, tombados por Lei Municipal.