“Verificamos que o dinheiro foi desviado para outras contas”, disse o secretário de Governo Robson Amorim em entrevista coletiva na Câmara de Vereadores de Lagoa Grande, na tarde da última quinta-feira (07).
Acompanhado do secretário de Educação, Daniel Torres, Amorim ressaltou que infringe a Lei de Responsabilidade Fiscal e caracteriza-se como improbidade Administrativa, o desvio de recursos oriundos de convênios do município com o governo federal. “Esse dinheiro saiu para algumas contas livres, e vou chegando nas mãos de credores que não têm nada a ver com ônibus”. Amorim explica que no dia 02 de outubro de 2012, véspera das eleições municipais, ocorreram dois repasses. “Um de R$ 250 mil antes da eleição e outro de R$ 99,5 mil um mês depois das eleições, em seguida dia 11 transferiram R$ 277 mil, ou seja, R$ 1,2 mil que era um valor que deveria ter sido investido em aquisições já pactuadas”, detalha.
De acordo com a atual administração, os recursos deveriam servir pagar os cinco ônibus escolares, além de mobiliário para as escolas de Lagoa Grande. Dos cinco ônibus adquiridos quatro já foram entregues ao município e estão rodando com estudantes. Os móveis ainda não foram entregues pela empresa ganhadora da licitação, conta Amorim. “Buscaremos entendimento para que o problema seja resolvido sem prejuízo para a população”.
O secretário de governo de Lagoa Grande disse que era obrigação da nova administração informar a comunidade a irregularidade cometida com o dinheiro da educação. E acusou o grupo político da ex-prefeita Rose Garziera (PSB) de ‘rapinagem’ do dinheiro público.
Segundo Robson Amorim, o setor jurídico da prefeitura vai encaminhar ao Ministério Público Federal, por se tratar de recursos da União. “Não é a primeira vez que o povo com sobrenome Garziera tem deixado no nosso município um rastro de miséria”, pontuou firmemente.
A denúncia do desvio de recursos do FNDE dos cofres de Lagoa Grande, de acordo com o secretário, ocorreu entre os meses de outubro e novembro do ano passado.