O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, divulgou na segunda-feira (01) uma carta com sugestões de medidas urgentes contra o iminente colapso das redes pública e privada de saúde diante do aumento dos casos de Covid-19 no Brasil.
Em resumo, o Conass afirma através da carta que:
Brasil vive pior momento da pandemia, com patamares altos em todas as regiões; Falta condução nacional unificada e coerente da reação à pandemia; É preciso proibir eventos presenciais, inclusive atividades religiosas; É preciso suspender aulas presenciais em todo o país; É preciso adotar toque de recolher nacional; fechar bares e praias; É preciso ampliar testagem e acompanhamento dos infectados
e criar um Plano Nacional de Comunicação para esclarecer a população da gravidade da situação.
O pedido do Conass contra a permissão para atividades religiosas ocorre no mesmo dia em que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), assinou decreto que as define como serviço essencial no estado.
Entidades médicas e governadores
No domingo, 45 entidades médicas também divulgaram um apelo pedindo ação contra o agravamento da pandemia. No texto, as associações defendem o uso de máscaras e criticaram, indiretamente, a postura do presidente. “Direcionamentos contrários (ao uso das máscaras) desconstroem, confundem e agravam a situação do país”, afirmaram as entidades.
Nos últimos dias, os governadores também puxam reações contra o governo federal. Em uma carta aberta, 19 governadores responderam a uma postagem do presidente sobre repasses de verba. Os líderes estaduais também se mobilizam para comprar vacinas independentemente da União.
Comparado com países que lideram o ranking da vacinação, o Brasil tem uma taxa baixa da população já imunizada. Enquanto Israel já aplicou 92 doses de vacina para cada grupo de 100 habitantes, e o Reino Unido tem a marca de 30, o Brasil tem menos de 4 injeções aplicadas a cada 100 pessoas.
Fonte: G1