Representantes da 6ª Superintendência da CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) esclareceram na manhã de hoje (17), durante a sessão plenária da câmara de vereadores de Sento-Sé, que o esgotamento sanitário da cidade, precisa de mais um aditivo financeiro da ordem de R$ 1,7 milhões de reais, para ser concluído. A obra está parada há quase dois anos e a população sofrendo as consequências. Até agora já foram investidos R$ 15 milhões e nenhuma rede coletora de esgoto funcionou. Os engenheiros João Tosta e José Amâncio, representaram o superintendente Emanuel Lima, que se absteve à convocação da câmara de vereadores, devido à ocupação de trabalhadores rurais na Superintendência do órgão em Juazeiro. Indagados pelos parlamentares, os engenheiros relataram que o processo de conclusão da obra foi encaminhado à sede da estatal em Brasília, para novo processo licitatório, e aguarda posicionamento da diretoria. Afirmaram que 90% dos serviços contratados pela empresa já foram concluídos, e que o aditivo financeiro especificado no processo, inclui treinamento e capacitação de pessoal do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sento-Sé, que deverá gerir o sistema.
Com a autorização da mesa diretora, populares participaram do debate com perguntas e questionamentos. O senhor Jackson Coelho de Souza, questionou a qualidade do material usado nas caixas e PVs, das redes coletoras de esgoto, denunciando ser de má qualidade.
Os vereadores cobraram também mais celeridade na conclusão de vinte e um sistemas de abastecimentos de água, que estão sendo executados na zona rural. O fim da obra estava previsto para Julho deste ano, passou para Novembro, e agora foi anunciado para Março de 2014. Os engenheiros esclareceram que é necessário um aditivo de prazo de cento e vinte dias, para evitar descontrato com a construtora, o que levaria mais um ano de espera.
Dados da prefeitura de Sento-Sé dão conta de que vinte e três localidades ribeirinhas estão sofrendo com a falta d`água, devido a vazão do lago de Sobradinho. Com o baixo nível do lago, as captações de água já não conseguem mais abastecer os reservatórios dos povoados, deixando mais de quinze mil pessoas sem água.