Por Emaísa Lima
Os representantes do comando de greve, de Juazeiro, dos servidores estaduais das ex-Diretorias Regionais de Saúde (Dires), atualmente, os Núcleos Regionais de Saúde (NRS), estiveram na Redação do Diário da Região, na tarde de ontem (5), para atualizar toda a população sobre o andamento da greve da entidade em todo o estado, não mais como um ato de paralisação de advertência.
Tendo em vista que o movimento se preocupa em lutar por uma saúde pública de qualidade e que, da mesma forma, proporcione melhores condições trabalhistas aos seus servidores públicos por completo. E sobre a atual situação da entidade em todo o estado, o sanitarista David Inácio, que participou, na semana passada, de uma plenária na capital baiana, fez as seguintes declarações. “O que vem acontecendo, não é, nós estamos em greve desde o dia 17 de julho, e vem havendo uma tentativa constante de negociação do comando de greve, com a gestão, com o Governo do Estado, até então não mandou nenhum representante como o secretário de Saúde, como secretário de Administração para negociar, ele [governador] manda intermediários. [sic] Há um avanço na seguinte questão, se é que podemos chamar de avanço, o Governo apresentou algumas propostas, mas tudo ‘de boca’ e sem prazo definido. Então o sindicato não poderia aceitar aceitável de quem quer acabar com a greve. Enquanto eles não forem capazes de definir prazos, colocar isto no papel nós não seremos capazes de aceitar nenhuma proposta. Estamos esperando que o Governo discuta a nossa questão, assuma nossa pauta, para que possamos analisar algumas propostas deles, para que possamos colocar em assembleia e assim deliberando sobre o final da greve.”
David ainda acrescenta que. “O que acontece é que o Governo tomou uma medida radical, de corte não é dos salários de forma aleatória, tanto dos servidores que estão em greve quanto a dos servidores que não estão em greve, estão trabalhando, estão de licença, estão de férias. [sic] Então estamos aqui para fazer esta denúncia à sociedade de que o Governo não assumiu a rodada de negociação e ao mesmo tempo, muito pelo contrário, ele [Governo] tenta intimidar o servidor no seu direito legítimo de greve.”
Já o inspetor sanitário José Jilvandro destaca quem sai perdendo com este sucateamento da saúde. “[sic] Saúde pública não é isto, é sobretudo você prevenir para um agravo não acontecer. [sic] Agora o que o Governo quer é o que a figura da pessoa atendendo a doença já instalada na pessoa e sobretudo para você prevenir estas doenças e as causas para não chegar as consequências piores [sic]”
Chamando a população para lutar pela causa, o inspetor sanitário José Jilvandro faz a seguinte declaração. “Quem vai pagar a conta é a população, que fica sem assistência, sem serviços. É um desmonte geral do SUS [Sistema Único de Saúde] é um plano grande, todo perfeito com suas técnicas, mas o desmonte está acontecendo no dia a dia. Eles querem acabar com o SUS, querem acabar com o servidor estatutário da saúde pública [sic]”
Vale a lembrança de que os servidores estão cumprindo os 30% de serviços prestados à sociedade, mas os seguintes serviços serão os serviços afetados com a paralisação:
1) Realização de inspeção sanitária e liberação de alvará sanitário para estabelecimentos de saúde ou serviços de interesse à saúde que estiverem dentro da área de competência das Bases e Núcleos de Saúde.
2) Atendimento às denúncias.
3) Realização de apoio técnico aos municípios nas áreas de prevenção, promoção e atenção à saúde.
4) Enfraquecimento no combate a epidemias, surtos e endemias tais como dengue, chikungunya, zica.
5) Dispensação das declarações de óbito e de nascidos vivos.
Com a palavra o secretário de Saúde do Estado.