12O terreiro Ylê Axé Oxumarê, localizado no bairro da Federação, em Salvador, ganhou nesta quarta-feira, 15, uma placa comemorativa do reconhecimento do espaço como patrimônio do Brasil. Um dos mais antigos centros de culto afro-brasileiro do País, o terreiro foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em novembro de 2013.
Estiveram presentes na cerimônia de premiação o governador Jaques Wagner, a primeira-dama do Estado, Fátima Mendonça, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, o prefeito de Salvador, ACM Neto, e outros convidados e autoridades.
O governador mencionou a importância do tombamento do terreiro que, conforme destacou, reúne pessoas dedicadas à manutenção da religião africana na capital. “Para a Bahia é algo grandioso”, disse Wagner, em nota enviada à imprensa.
O Babá Pecê do terreiro, Silvanilton Encarnação da Mata, avalia ser importante que a iniciativa incentive o tombamento de outros espaços religiosos, os quais também precisam preservar a sua cultura e história.
O Ylê Axé Oxumarê é um dos sete terreiros já tombados no Brasil, dos quais seis estão na Bahia – Casa Branca, Ilê Axé Opô Afonjá, Gantois, Alaketu e Bate-folha – e um em São Luís do Maranhão, o Casa das Minas Jejê.
História
O Ilé Òsùmàrè Aràká Àse Ògòdó, conhecido como Casa de Òsùmàrè, foi fundado há 180 anos e há 110 está localizado na Federação, sendo um dos mais antigos e tradicionais terreiros de candomblé da Bahia.
Em 15 de abril de 2002, a Fundação Cultural Palmares reconheceu a Casa de Òsùmàrè como território cultural afro-brasileiro, atestando sua permanente contribuição pela preservação da história dos povos africanos no Brasil.
Dois anos depois, em 15 de dezembro de 2004, foi registrado em livro de tombo do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) como patrimônio material e imaterial do Estado.
A Tarde