O Presidente do Sindicato dos Bancários de Juazeiro, Maribaldes da Purificação, participou entre os dias 28 e 30 de julho da 19ª Conferência Nacional dos Bancários, em São Paulo. O encontro reuniu 696 bancários e bancárias, entre delegados, membros do Comando Nacional dos Bancários e observadores vão debater as ações para a difícil conjuntura nacional que se apresenta.
O momento foi de fortalecer a unidade na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, tirado pela agenda neoliberal do Presidente Michel Temer. “Esses três dias de debates deixaram ainda mais claro para nós trabalhadores sobre as injustiças questão por trás dessas reformas que estão sendo encomendas pelo setor financeiro e justamente por isso que traçamos estratégias de luta em defesa dos bancos públicos e dos nossos empregos diante do aumento do uso de novas tecnologias no sistema financeiro”, ressaltou Maribaldes.
Por sua vez, o representante da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Emanuel de Souza, concordou que a categoria tem a clareza da gravidade do momento. “Temos clareza do impacto estratégico que teve a reforma trabalhista. Mas, sabemos também que a greve-geral que nós realizamos unificou todas as centrais sindicais do país. Ou seja, nós conseguimos construir uma frente de unidade e resistência, mas ainda não foi suficiente. Então, temos de usar eventos como este para aprimorar nossa unidade e nossa luta e dar um salto na defesa dos nossos direitos e dos bancos públicos.”
Principais pontos do documento que será entregue aos bancos:
Não à terceirização
Não ao contrato temporário
Não à contratação de autônomos
Não ao contrato intermitente de trabalho
Não ao teletrabalho sem negociação com os sindicatos
Não ao termo de quitação das obrigações trabalhistas
Não à jornada 12 x 36 horas
Não ao parcelamento da PLR em mais de duas vezes
Manutenção das homologações feitas pelos sindicatos para fiscalizar o devido pagamento dos direitos dos demitidos
Não à rescisão do contrato de trabalho em comum acordo, na qual os trabalhadores só perdem.
Não ao limite à liberdade de expressão dos sindicatos e dos trabalhadores
Contra prêmios e bônus que não integrem os salários
Garantia dos centros de realocação e requalificação
Respeito à jornada de trabalho dos bancários como forma de preservação da saúde
CCT válida para todos os trabalhadores dos bancos
Que todos os trabalhadores da atividade-fim dos bancos sejam representados pelos sindicatos de bancários
Assinatura de termos de responsabilidade por parte do empregado não eximirá os empregados da responsabilidade com a saúde dos trabalhadores
Livre acesso dos dirigentes sindicais às agências digitais
Garantia da ultratividade (validade) da CCT até a celebração de novo acordo
Garantia de que as gratificações de função sejam incorporadas após 10 anos de recebimento.
Ascom/SEEB Juazeiro