Acontece em Sobradinho (BA) nesta quinta e sexta-feira (dias 29 e 30 de setembro), o Seminário Regional sobre o Bioma Caatinga: Desafios e Perspectivas, na Câmara Municipal de Vereadores.
Um dos grandes desafios das entidades parceiras é a discussão e formulação de um Plano de Ações Estratégicas para o Bioma Caatinga e a convivência com o Semi-Árido. A caatinga é um ecossistema diferenciado dos demais pelo fato de ser o único que se situa totalmente dentro dos limites territoriais brasileiros.
Essa atividade promovida pela FETAG Bahia e a Contag, com apoio dos STR´s e participação de entidades parceiras, inseridas no contexto do Parque Nacional do Buqueirão da Onça, e seu entorno, será importante para discussão de temas relevantes como a convivência com o semi-árido, áreas de fundo de pasto, unidades de conservação da natureza integral e de uso sustentável, energias renováveis, Gestão Ambiental Compartilhada, Educação Ambiental e a Sustentabilidade da Agricultura Familiar.
Os ecossistemas do Bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo. Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais já foram antropizados.
As perspectivas de programas que fortaleçam a agricultura familiar e comunidades tradicionais que protegem e vivem do extrativismo no Bioma Caatinga deve também pautar as discussões. As perspectivas da instalação de projetos de energia renovável, e principalmente de projetos de energia eólica, é uma temática atual. Um parque de energia eólica suporta em média 150 torres; e os impactos ambientais positivos e negativos, sobretudo, para a agricultura familiar e comunidades tradicionais devem ser conhecidos e discutidos pelo conjunto da sociedade onde os empreendimentos são instalados.