A menos de uma semana das eleições, o candidato ao governo da Bahia pelo DEM, Paulo Souto, convocou uma entrevista coletiva nesta segunda-feira, 29, junto com o prefeito de Salvador, ACM Neto, sobre as denúncias feitas pela presidente do Instituto Brasil, Dalva Selle, que relatou um suposto esquema de caixa 2 para alimentar campanhas petistas, entre elas a do senador Walter Pinheiro, quando disputou a prefeitura de Salvador em 2008.
De acordo com a denunciante, o candidato ao governo da Bahia pelo PT, Rui Costa, também teria sido beneficiado. Participarão da coletiva também o candidato ao Senado da chapa oposicionista, Geddel Vieira Lima (PMDB) e o candidato a vice-governador, Joaci Góes (PSDB). A entrevista acontece às 10 horas da manhã, no comitê central de Souto. Segundo nota da assessoria, os opositores também falarão sobre a Justiça Eleitoral.
Na última terça-feira, 23, o juiz Cláudio Césare Braga Pereira, membro do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), proibiu a coligação do DEM de veicular dois trechos da propaganda eleitoral na qual acusa candidatos do PT de participarem do suposto esquema.
A decisão do magistrado teve caráter liminar, em atendimento a um mandado de segurança impetrado pelo deputado Nelson Pelegrino (PT), um dos acusados pela presidente do Instituto Brasil.
Os trechos proibidos foram os seguintes: “Os deputados federais petistas, Rui Costa, Afonso Florense e Nelson Pellegrino, que agora pedem novamente seu voto, são apontados como beneficiários do esquema, assim como o senador da mesma turma, Walter Pinheiro, e alguns funcionários públicos.
Todos eles, como se sabe, são ‘homens de confiança’ de Wagner e seu vice, Otto Alencar” e “Está na revista Veja desta semana, o PT da Bahia desviou milhões de reais de programas habitacionais. O escândalo envolve o candidato ao Governo Rui Costa, além de outros candidatos a Deputado, como Nelson Pellegrino e Afonso Florense, acusados de receber dinheiro desviado dos pobres.
Cinquenta milhões de reais que deveriam servir para construir casas populares foram desviados para a campanha dos petistas baianos”. Segundo o juiz, os referidos trechos imputam prática criminosa sem provas. O magistrado estabeleceu ainda que o restante da propaganda deve ser mantido.
Fonte: A Tarde