A carne brasileira é competitiva no mercado internacional, não só pelo tamanho do rebanho, mas principalmente, pelo uso intensivo do pasto que possibilita menor custo de produção. Entretanto, sistemas de produção de carne baseados em pastejo exclusivo impõem ao animal limites nutricionais que dificultam uma pecuária de ciclo curto – abate com idade inferior aos 30 meses. Precocidade é uma demanda de mercado e se o Brasil pretende ampliar e manter sua presença nesse mercado, é necessário melhorar a qualidade da dieta dos bovinos em pastejo.
A suplementação pode corrigir as possíveis deficiências nutricionais das pastagens, mas isto deve ser feito com critério e dentro de uma meta de produção bem estabelecida, mantendo-se o princípio básico da produção nos trópicos: o do “boi fotossintético”. Dietas de melhor valor nutricional podem ser obtidas com a suplementação alimentar, mudando a imagem do boi exclusivo em pasto, boi verde, para a do boi em pasto com suplemento, amarelo, representando a cor do milho. O resultado seria o “boi verde-amarelo”, produto tipicamente brasileiro. Esta pode vir a ser a nova imagem da carne bovina brasileira no mercado internacional, sinônimo de um produto saudável, ecologicamente correto e de alta qualidade.
Nordeste Rural