O Sistema Único de Saúde (SUS) oferecerá teste rápido de triagem para o diagnóstico de sífilis. Até o fim deste ano, o Ministério da Saúde vai adquirir 392 mil kits para implementação da testagem na rede pública. A ação faz parte da celebração do Dia Nacional de Combate à Sífilis, realizado todo terceiro sábado de outubro.
Em Petrolina, de acordo com o coordenador de DST/AIDS e Hepatites Virais, Anderson Andrade, “não há data definida para a implantação desse programa, já que a ordem de instalação e funcionamento dos programas do Governo Federal obedecem a seguinte ordem: primeiro nas capitais, em seguida cidades de médio porte (e aí Petrolina está incluída) e cidades pequenas. O que se sabe, no entanto, é que, a partir de novembro, profissionais da Secretaria de Saúde de Petrolina irão participar do treinamento para realizar esses testes rápidos”.
Ainda de acordo com o coordenador, “apenas as unidades de saúde mais estruturadas receberão os kits. Cerca de cinco unidades da zona rural também realizarão esses testes, dando prioridades às gestantes”.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que a prevalência de sífilis em parturientes encontra-se em 1,6%, cerca de quatro vezes maior que a prevalência da infecção pelo HIV.
De 2005 a 2010, foram notificados 29,5 mil casos de sífilis em gestantes, no país. A maioria dos casos no período ocorreu nas Regiões Sudeste e Nordeste, com 9.340 (31,6%) e 8.054 (27,3%) de casos, respectivamente. No ano de 2009, a taxa de detecção para o país foi de três casos por 1.000 nascidos vivos, sendo que as maiores taxas estão nas regiões Centro-Oeste, com 5,2 e Norte, com 4,5.
Saiba mais sobre a doença
Sinais e sintomas – A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e pode se manifestar de forma temporária, em três estágios. Os principais sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.
Com o desaparecimento dos sintomas, o que acontece com frequência, as pessoas se despreocupam e não buscam diagnóstico e tratamento. Sem o atendimento adequado, a doença pode comprometer a pele, os olhos, os ossos, o sistema cardiovascular e o sistema nervoso. Se não tratada, pode até levar à morte.
Além da transmissão vertical (de mãe para filho), a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado e por transfusão de sangue contaminado. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenção.