Emoção, surpresas e uma grande festa para mostrar que os atletas com deficiências podem fazer qualquer coisa. Esses são alguns dos acontecimentos que estarão presentes na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro.
Diferentemente dos Jogos Olímpicos, quando a abertura contou a história do Brasil, as Paralimpíadas (sem essa obrigatoriedade), terão como tema “O coração não conhece limites”, que vem da expressão inglesa “everybody has a heart”, cuja tradução tem dois significados: “todos os corpos têm um coração” ou “todos temos um coração”.
Como ritmo bem brasileiro, o samba será um dos destaques. Outro ícone da festa será a americana Amy Purdy, medalha de bronze no snowboard nos Jogos de Inverno de Sochi, em 2014, e participante do programa “Dança dos Famosos”, nos Estados Unidos. Ela terá uma apresentação por cerca de cinco minutos e ainda será responsável por uma surpresa.
“Eu estou muito empolgada, é uma oportunidade incrível. Só de vir ao Brasil e experimentar a cidade, as pessoas, tem sido incrível. Tenho uma performance meio longa, de quatro a cinco minutos. É desafiadora para mim, porque estive num programa “Dança dos Famosos” e tínhamos um parceiro em quem confiar. Eu desafio meus limites agora, porque estou sozinha. Aliás, é um número solo, mas tenho um parceiro especial em determinado momento que não posso revelar. A mensagem é que o espírito humano e a tecnologia podem trabalhar juntos. Apesar de o espírito humano ser mais importante, no mundo paralímpico, precisamos dos dois. Minha performance tenta mostrar como esses dois trabalham juntos”, comenta Amy.
Marcelo Rubens Paiva, um dos diretores criativos do evento revela que o tema será adaptação e que terá muito humor.
“Comecei a me apaixonar pela Paralimpíada na Grécia, quando fui como repórter. Não conhecia o nível da alta performance desses atletas, passei a conviver com eles e a respeitá-los como heróis. A partir da Grécia, as cerimônias paralímpicas ganharam outro sentido. Passou a ser outra cerimônia, focada no esporte e na causa paralímpica. É um novo mundo. Antes, se via o homem como um padrão, hoje se vê o homem como múltiplos formatos”, conta.
Outro ponto alto da cerimônia, que terá 2h45 min de duração, será uma roda de samba com presenças ilustres como Diogo Nogueira, Hamilton de Holanda, Xande de Pilares, Pretinho da Serrinha e seu sobrinho Pedrinho da Serrinha, Monarco, Maria Rita, e Gabrielzinho do Irajá, que é cego, entre outros.
As projeções, que ocorreram nas Olimpíadas, também estarão presentes nas Paralimpíadas, assim como os protocolos oficiais, como referências aos símbolos paralímpicos, o hasteamento da bandeira por membros das Forças Armadas e os discursos, apenas em inglês e português (o francês, dos anúncios, não será usado). Falarão na cerimônia o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Philip Craven; o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman; e um representante da Presidência da República, já que a presença de Michel Temer ainda não foi confirmada.
Fonte:Otempo





