O combate à hanseníase em Juazeiro está avançando devido às melhorias dos serviços prestados aos usuários. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica do município, dos casos diagnosticados, a taxa de cura saltou de 94,51%, em 2011, para 96,1%, em 2012, muito acima das taxas da Bahia, do Nordeste e do Brasil que, em 2012, registraram taxas de cura de 82,9%, 85% e 85,9%, respectivamente.
De 2011 a 2012, o município registrou redução no número de casos diagnosticados, passando de 173, em 2011(sendo 14 em menores de 15 anos), para 144, ano passado, destes, 16 em menores de 15 anos. Em 2011, o Brasil notificou 33,9 mil casos da hanseníase (endemia alta), sendo 2,4 mil considerados de endemia alta em menores de 15 anos. Em 2012, esse número caiu para 33 mil, sendo 2,2 mil em menores de 15 anos. Na Bahia, em 2012, foram registrados 2,3 mil casos da doença, 141 a menos que em 2011.
Juazeiro é considerada cidade hiperendêmica, mas a qualificação dos atendimentos já traz bons resultados, registra o secretário da Saúde de Juazeiro, Cássio Garcia. “Estes resultados favoráveis são provenientes de uma melhor busca ativa de casos novos da doença, além da ampliação das atividades no setor de Vigilância em Saúde. Assim poderemos conquistar melhores resultados e diagnósticos precoces, acelerando o tratamento e aumentando as chances de cura”, afirmou.
O coordenador do Programa de Hanseníase em Juazeiro, Carlos Dornels Freire, lembra que só este ano importantes ações já foram realizadas: Campanha de busca ativa de hanseníase em menores de 15 anos, atualização de mais de 250 profissionais de saúde (nível superior e médio) no manejo clínico e epidemiológico da doença e educação em saúde na escola.
“A melhoria das ações é fruto do empenho de todos os atores envolvidos: equipes de saúde da família, do centro de referência, da vigilância epidemiológica e do programa de hanseníase. O combate contínuo à doença tem sido um compromisso do Programa de Hanseníase e da Secretaria de Saúde com a população de Juazeiro”, informa o coordenador.
E completa afirmando que a gestão continuará firme na realização de projetos para garantia de melhores atendimentos. “Em parceria com a Univasf, o PET/Saúde possui um projeto de atenção à hanseníase. Já com a Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, o projeto de mestrado “Políticas públicas e hanseníase. Um olhar a partir da especialização dos casos em menores de 15 anos” vem sendo desenvolvido a fim de avaliar as políticas de saúde no campo da hanseníase”, destacou Dornels.
Neste ano, o programa firmou importante parceira com a NLR (Netherlands Leprosy Relief), ONG holandesa que investe no combate a doença do Brasil, inclusive com membro no Comitê Gestor do Projeto Cluster 6.