O presidente da República em exercício, Michel Temer, disse nesta quinta-feira (25) que a criação de novos partidos políticos não atrapalharia uma eventual disputa da presidente Dilma à reeleição. Ele defendeu a redução do número de legendas no país para “aprimorar” a disputa eleitoral.
Questionado por jornalistas, Temer negou que um cenário político com menos partidos e menos candidatos será favorável à candidatura de Dilma Rousseff em 2014. “Não, eu não vejo razão. Se houver muitos candidatos, tanto faz. O povo é que vai escolher”, afirmou após participar da posse da nova diretoria da Frente Nacional de Prefeitos, em Brasília. O novo presidente da frente é o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e o vice-presidente, Fernando Haddad, de São Paulo.
O ministro Gilmar Mendes determinou na noite desta quarta-feira (24) a suspensão da tramitação da proposta de autoria do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) que impede parlamentares que mudem de partido no meio do mandato transfiram para a nova agremiação parte do fundo partidário e do tempo no rádio e na TV da sigla de origem. Pelas regras atuais, a maior parte do fundo e da propaganda eleitoral é distribuída de forma proporcional ao tamanho das bancadas.
Temer disse ser favorável à redução da quantidade de partidos políticos, tese que, segundo ele, defende há anos.
“Quando você tem 30 partidos políticos, a pergunta é: será que nós temos 30 correntes de opinião no nosso país? A ideia básica que eu continuo defendendo é a redução [da quantidade de legendas], por um ou outro meio, para aprimorar até a própria disputa brasileira”, declarou.