O dono de uma loja de suplementos em Londrina, Paraná, resolveu testar os produtos que vendia após reclamações de alguns clientes. Com a análise de um laboratório privado, o empresário Félix Bonfim constatou que a maioria dos complementos nutricionais tinha muito mais carboidratos e menos proteínas do que é informado nas embalagens. Entre os 27 suplementos avaliados, 25 deles continham irregularidades, segundo os testes. “São produtos totalmente adulterados, que contêm porções de proteína menores do que as descritas na embalagem. Um produto com 30g deveria conter 24g de proteína e, em algumas marcas, oferece apenas três gramas”, reclama Bonfim. Um dos suplementos testados, o 100% Whey Protein, da marca Omega Nutritition, apresenta 12,5g a mais de carboidrato e 15,77g a menos de proteína do que anunciado no rótulo. Ainda que a legislação permita uma variação de 20% para mais ou para menos nas quantidades descritas, entre 28 marcas avaliadas, 15 (veja lista)estão fora dos parâmetros legais, o que corresponde a 53% do total, conforme o empresário. Mesmo com as irregularidades avaliadas, todos os produtos são certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
BN