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David Luiz marcou gol de empate (Foto: AFP) |
Foram quase 90 dos 120 minutos atuando com um homem a menos, mas o Paris Saint-Germain conseguiu uma classificação histórica para as quartas de final da Liga dos Campeões nesta quarta-feira. Épica para o clube francês e para Thiago Silva. O brasileiro seria o vilão da eliminação, após cometer pênalti infantil que deu a vantagem ao Chelsea na prorrogação, mas marcou de cabeça o gol que selou o empate por 2 a 2 e a merecida classificação aos parisienses, mesmo atuando em Londres.
Tudo parecia contra o Paris Saint-Germain. Desde a contestada expulsão de Ibrahimovic, logo aos 31 minutos do primeiro tempo, até o pênalti bobo cometido por Thiago Silva, passando pelo primeiro gol do Chelsea marcado já aos 35 minutos do segundo tempo. Mas quis o destino que o zagueiro brasileiro ao lado de David Luiz, autor do gol de empate no tempo normal, fossem os heróis da vaga, que só veio graças aos gols marcados fora de casa – a partida de ida, em Paris, foi 1 a 1.
O jogo desta quarta começou bastante movimentado, mas o Paris Saint-Germain, precisando marcar gols, foi para cima primeiro. Cavani, em duas oportunidades, incomodou a defesa adversária. Mas Hazard também aproveitava os buracos no lado direito da defesa francesa e só falhava no último passe. As duas equipes chegavam com facilidade e velocidade, mas não conseguiam finalizar. Os dois times mantinham a rapidez no toque de bola, até que aos 31 minutos o PSG sofreu uma importante baixa. O atacante Ibrahimovic dividiu de forma ríspida com o brasileiro Oscar, que ficou caído no gramado. Em meio às reclamações dos jogadores do Chelsea, o árbitro foi extremamente rigoroso e mostrou o cartão vermelho ao sueco.
Mesmo com um a menos, o PSG ainda teve novo bom momento com Cavani, mas logo o Chelsea assumiu o controle das ações e se tornou dono da posse de bola. Só que ainda parecia muito mais preocupado em discutir com os adversários do que em atacar. O clima do jogo, aliás, era bastante tenso, com entradas duras e reclamações de ambos os lados. Para o segundo tempo, Mourinho colocou Willian na vaga de Oscar, que teve uma atuação bastante discreta. E logo com dois minutos em campo, o meia quase marcou, quando tentou surpreender Sirigu em cobrança de falta pelo lado direito do campo.
Os ingleses ficavam com a bola, pressionavam o adversário, mas não criavam grandes chances. O PSG, por sua vez, apostava nos contra-ataques, e assim teve chance incrível aos 12 minutos. Verratti roubou a bola no meio e passou para Pastore, que deu enfiada perfeita para Cavani. Ele saiu de frente para Courtois, conseguiu o drible e bateu de esquerda. A bola explodiu na trave, para desespero do uruguaio. A oportunidade empolgou o PSG, que passou a ficar com a bola e dava a impressão de que era ele que atuava em vantagem numérica. Mas o Chelsea precisou de apenas uma ida ao ataque para marcar. Aos 35 minutos, Ramires recebeu ótimo passe de Willian e parou em Sirigu. Na cobrança de escanteio, Cahill aproveitou sobra quase na marca do pênalti e encheu o pé para abrir o placar.
DAVID LUIZ MARCA
O gol parecia acabar com as chances do Paris Saint-Germain, mas o time francês mostrou valentia, foi à frente e buscou o empate. Aos 37, Lavezzi quase marcou, e aos 40, David Luiz balançou a rede. Ele aproveitou escanteio da direita e cabeceou firme, sem chance para Courtois.
O confronto foi para a prorrogação, e logo aos cinco minutos o Chelsea voltou a ficar à frente com a ajuda de Thiago Silva. Após confusão dentro da área, o zagueiro brasileiro tocou a mão na bola dentro da área. O árbitro marcou pênalti, que Hazard bateu com categoria. Desta vez, o Chelsea soube controlar melhor a vantagem, tocando bem a bola e envolvendo o adversário. Só que o time inglês seguia sofrendo com a bola parada adversária e Thiago Silva estava disposto a se redimir. Na primeira tentativa, exigiu defesa incrível de Courtois. No lance seguinte, encobriu o goleiro de cabeça e selou o empate heroico para os franceses.
BAYERN MASSACRA
Se Real Madrid e Chelsea sofreram para avançar às quartas de final da Liga dos Campeões, outro dos principais favoritos, o Bayern de Munique, passeou. Nesta quarta-feira, a equipe alemã atropelou o Shakhtar Donetsk, goleou por 7 a 0 na Allianz Arena, e carimbou o seu passaporte para a próxima fase. Esta foi a segunda vez que os alemães fizeram sete gols em uma única partida da Liga dos Campeões desta temporada, repetindo os 7 a 1 da partida contra o Roma, pela fase de grupos. Coincidentemente, sete jogadores brasileiros jogaram pelo time ucraniano, que levou sete da equipe que forma a base da seleção alemã. Depois de um empate sem gols no jogo de ida, na Ucrânia, o Bayern foi beneficiado, nesta quarta-feira, por um pênalti logo aos 2 minutos. Kucher foi expulso e Müller cobrou no canto para fazer 1 a 0.
Mal a partida havia começado e o time da casa já estava na frente do placar e com um homem a mais. Todo o planejamento do técnico Mircea Lucescu foi para o espaço e Taison precisou sair para a entrada de um zagueiro. O jogo virou um baile para o Bayern, que trocava a bola com facilidade e chegava como queria ao ataque. O primeiro tempo só não acabou em golada porque o Bayern falhou muito na cara do gol. Tanto que só conseguiu marcar mais uma vez, com Jérôme Boateng, após rebote em chute de Lewandowski. O polonês já havia acertado a trave em outro lance. Os gols que faltaram antes do intervalo saíram logo no início do segundo tempo. Ribéry fez o terceiro, após tabela com Alaba.
No minuto seguinte, aos 4, Thomas Müller aproveitou bola escorada por Lewandowski para fazer o quarto. De cabeça, após cruzamento de Rafinha, Badstuber fez o quinto. No sexto, Schweinsteiger tocou para Lewandowski fazer. Götze, o herói do título alemão na Copa do Mundo, fechou a conta, já aos 43. Assim, Boateng, Ribéry, Badstuber, Lewandowski e Götze fizeram um gol cada. Müller marcou dois. As estatísticas mostram o tamanho do domínio do Bayern na partida. Os alemães acertaram 13 chutes a gol, em 25 tentativas. O Shakhtar tentou quatro vezes, exigindo apenas uma defesa de Neuer. O Bayern trocou 587 passes, com aproveitamento de 93%. Os ucranianos não chegaram a um quarto disso.
Fonte: Correio da Bahia



