Por Emerson Rocha
Centenas de trabalhadores mobilizados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape) continuavam ocupando a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Petrolina até a tarde de ontem (23). O grupo protestava, entre outros pontos, por melhor infraestrutura nas áreas de assentamento.
“A gente não precisa só da terra. Precisa da terra, da água, da habitação. Precisa que as áreas sejam demarcadas para que a gente possa plantar. Não adianta você conquistar a terra e ela não ser demarcada, porque você não vai ter como plantar da mesma forma”, explica Maria Givaneide, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Maria da Boa Vista.
Mobilizados desde terça-feira (22), os trabalhadores dos diferentes grupos se coletivizaram para suprir as necessidades durante os dias de ocupação. “Estamos trabalhando todo mundo junto na união, pois pretendemos passar hoje, amanhã, depois, um mês se possível. O que nós queremos é garantir nossos direitos”, afirma Maria de Lurdes, presidente do Assentamento José Ramos.
Enquanto a equipe do Diário da Região esteve na sede do Incra, entre 11h e meio-dia, ocorria uma reunião com os representantes da Fetape, de cada polo regional dos trabalhadores e o superintendente do Incra em Petrolina, Vitor Hugo da Paixão. Segundo manifestantes, a reunião começou na terça-feira, primeiro dia da ocupação.
Desocupação
Após a reunião, de acordo com nota enviada à imprensa, o grupo alegou que a ocupação foi motivada por uma pauta de reivindicação nacional e regional apresentada em Brasília durante o grito da Terra, que aconteceu em maio deste ano, mas que foram elaborados vários encaminhamentos que resultou na desocupação da Regional ainda na tarde de ontem (23).
