Na manhã de ontem (14) motoristas que faziam o transporte alternativo entre Juazeiro e Casa Nova com passagem por Petrolina interromperam o trânsito próximo a orla de Juazeiro e a descida pelo anexo da ponte Presidente Dutra. O motivo foi a intervenção da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), órgão de fiscalização, que impediu a circulação das vans por Juazeiro e Petrolina. De acordo com a ANTT o transporte interestadual em vans não é permitido por lei. O decreto nº 2.521/98 determina que os passageiros devam estar em ônibus com capacidade para mais de 20 pessoas. O impasse que motivou o protesto dos motoristas foi a possibilidade de uma multa de R$5000,00.
Juazeiro e Casa Nova pertencem ao estado da Bahia, porém os motoristas consideram mais viável a passagem por Petrolina, alegando não haver outro meio de transporte que leve moradores de Juazeiro para determinadas localidades como, por exemplo, o Instituto Federal do Sertão de Pernambuco (IF-PE), não sendo possível se a rota fosse por Sobradinho. “Temos aula e dependemos das vans para chegarmos ao IF Sertão”, protestaram alguns alunos. Os motoristas tentaram se justificar e entrar em acordo. “Temos seguro, participamos da associação, estamos regularizados, não é justo que nos impeçam de trabalhar”, reclamou Marcone da Silva, um dos representantes do movimento.
Os envolvidos manifestaram estar em regularidade com a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), mas a interrupção em questão estava restrita ao transporte interestadual por meio de vans, que não é permitido por lei.
Conforme o fiscal Antoniel Reis, os motoristas deveriam apresentar suas questões à justiça para que houvesse uma autorização judicial. “Eu entendo o problema, mas estou fazendo o meu trabalho, por enquanto ainda não posso resolver, vocês devem procurar a justiça”, declarou. Depois de alguns minutos de conversa entre os fiscais da ANTT e a Policia Federal, os motoristas das vans liberaram o trânsito e continuaram o protesto em busca de soluções.
Por Denise Saturnino