A Prefeitura do Rio cortou a verba para o tradicional Trem do Samba, idealizado em 1996 pelo cantor e compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz. De acordo com o idealizador, essa é a primeira vez em 22 anos que o evento não terá o apoio.
“No ano passado, a prefeitura foi o apoio máximo do evento, com R$ 800 mil. Esse ano, disseram que não tinha dinheiro. Eu fui na Secretaria [de Cultura] e disse que o aviso que vinha de cima era que realmente não tinha dinheiro”, explicou o idealizador.
Segundo Marquinhos, o jeito, então, foi procurar apoio de empresas privadas para compensar a falta de verba. “A gente conseguiu, no laço, uma empresa privada, mas vamos fazer mais ou menos com a metade da verba que se fez no ano passado”, completou.
A 22ª edição do Trem do Samba acontece no próximo sábado (2). O evento faz parte do calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro e celebra o Dia Nacional do Samba com uma viagem de trem da Central do Brasil ao bairro de Oswaldo Cruz, na Zona Norte, considerado o berço do samba carioca. A festa terá um palco principal montado na estação de trem da Central, além de outros três situados no bairro de Oswaldo Cruz.
O evento este ano homenageia o “tambor” como instrumento que promove a comunicação entre as gerações, a ancestralidade, além de interagir com diversas culturas. A expectativa de público é de aproximadamente 120 mil pessoas.
Renomados artistas do samba nacional já confirmaram presença na edição desse ano: Tia Surica, Monarco, Wilson Moreira, Noca da Portela, Dominguinhos do Estácio, Dorina, Osmar do Breque, Mauro Diniz, Marquinhos Diniz, Baianinho, Ernesto Pires e muitos outros, dentre os quais, as mais renomadas e tradicionais Velhas Guardas das Escolas de Samba Cariocas.








