A Rua da 28 parecia mais um grande salão de festas na última noite do Carnaval de Juazeiro. As apresentações do Polo Luiz Galvão contagiaram a todos, saudosistas, batuqueiros, dançarinos de última hora, foliões de todos os gêneros e raças, e todos com a mesma animação. As atrações, dos mais diversos estilos, não deixaram ninguém ficar parado e até aqueles nunca dançaram, ensaiaram “uns passinhos”, entusiasmados com as músicas e danças.
E a noite no palco multicultural mostrou isso, além de toda a variedade rítmica, como samba, rap, maracatu, ciranda, reggae, releituras dos Novos Baianos, e até o “São Gonçalo” de João Sereno/Neto e Mudinho, ainda teve a interação com o público, poesia cantada e crítica social com o grupo P1 Rappers, além de Mauriçola pensador e saudoso, lembrando os Novos Baianos de Luiz Galvão, que dá nome ao Polo da diversidade cultural, também prestando homenagens ao saudoso artista juazeirente Zé Maurício.
As atrações da noite no palco da Rua da 28 começaram cedo com o Samba de Véio do Rodeadouro reunindo crianças e adultos numa rica manifestação da cultura ribeirinha, passada de geração a geração, que tem a coordenação de dona Ovídia Isabel, 66 anos.
Nos intervalos dos shows o grupo P1 Rappers mostrou um som acompanhado e ainda deixou a mensagem de “luta e paz” ao público presente.
Quando o Baque Opará (grupo cultural de Petrolina, mas com integrantes das duas cidades) subiu ao palco, o salão de festas foi aumentando e ao embalo do maracatu, coco e ciranda, o Baque convidou a todos para fazer uma grande roda de ciranda, numa homenagem a Lia de Itamaracá, a “mãe da ciranda” de Pernambuco.
E todos atenderam à atração convidada da noite, que se apresentou pela primeira vez no Carnaval de Juazeiro. “Estamos felizes em participar deste carnaval maravilhoso. Eu sou baiana, de Uauá, e aqui em Juazeiro tem uma energia diferente, por isso eu me sinto em casa”, disse Geisabel Lima, uma das percussionistas do grupo.
A foliã Fernanda, empolgada com as atrações do palco do Polo Luiz Galvão, disse estar muito feliz em participar do Carnaval de Juazeiro. “Está maravilhoso! Eu já conhecia o Baque Opará em Petrolina e assistir aqui em Juazeiro, nesta festa linda, é muito bom, bom demais”, disse entusiasmada.
A banda Adão Negro mostrou porque realmente arrasta um grande público e finalizou as atrações do Polo Luiz Galvão, tocando um reggae autêntico, com direito a releituras de clássicos do rock, atraindo a atenção até dos foliões que estavam acompanhando os trios.
“Foi muito bom mesmo o encerramento desta festa linda, que não discrimina nenhum artista e promove a diversidade musical. Juazeiro está de parabéns e o folião juazeirense está de parabéns”, avalia Donizete Menezes, secretário de Cultura e Juventude do Município, ressaltando que este é mesmo o melhor carnaval do interior do Brasil.
Fonte: ASCOM PMJ








