Os amantes da maior vertente da MPB e que me conhecem sabem do meu apreço por essa inovação musical, surgida em meados de 1950 e que contou com a participação de dois Juazeirenses – João Gilberto e Walter Santos. O primeiro impressionou o mundo musical uma nova maneira de interpretação e de tocar violão. João Gilberto criou a batida sincopada, com acordes dissonantes que deu origem a Bossa Nova, musicada por Tom Jobim. Quanto a Walter Santos, nascido na vizinha Senhor do Bonfim, que chegou a Juazeiro ao dezesseis anos, onde aperfeiçoou sua verve artística e foi o lançador da Bossa Nova em São Paulo, segundo o conceituado órgão de imprensa, A Folha de São Paulo.
O documentário que eu assisti, no Cine Glauber Rocha, hoje chamado Espaço Itaú de Cinema, são 04 salas de cinema, construídas pelo Banco Itaú, no antigo prédio do Cinema Guarany, na celebre Praça Castro Alves.
O documentário registra a vitoriosa trajetória musical de Tom Jobim, cujas musicas são interpretadas pelos maiores cantores do Brasil e do mundo civilizado.
O espaço Itaú de cinema, está dotado de duas lanchonetes internas com um detalhe: O Clube do Professor onde são oferecidas aos professores, ingresso gratuito, munidos de carteirinha do citado clube. O idoso, numa medida justa, só paga meia entrada.
Internamente o espaço abriga, também uma livraria. Na verdade é um equipamento suporte traço da arte e da cultura de Salvador. Quanto ao documentário, em longa metragem, sintetiza a trajetória musical daquele que foi o maior musico e compositor da musica popular brasileira, em todos os tempos.
É uma pena que Juazeiro, uma cidade de porte médio, não possua uma só sala de cinema. Juazeiro, por conta disso privou-se de ver o documentário sobre o esporte Clube Bahia e sobre os novos Baianos, onde um juazeirense figura como peça suporte importante, o poeta Luis Galvão, letrista que deu vida às musicas do citado grupo. E por falar em Galvão, eu soube, “pela Internet” que o nosso poeta ficou muito sentido por não ter sido convidado para aquela festa, promovida pelo artista Mauricio, que comemorou os 80 anos de João Gilberto. Afinal ele, Galvão, é o único juazeirense que desfruta de amizade com João Gilberto.
Quanto ao documentário cinematográfico sobre Tom, vale a pena assistir a esse autentico banho de Bossa Nova, A MUSICA SEGUNDO TOM JOBIM.
Joselino de Oliveira, Comentarista e Escritor Membro da Academia de Cultura da Bahia