A União Europeia espera chegar a uma decisão sobre o aumento de sanções contra o Irã devido ao seu programa nuclear até final de janeiro, segundo informou o porta-voz de assuntos estrangeiros do bloco, Michael Mann. “Esperamos uma decisão [sobre sanções da UE] para estarmos prontos, no máximo, até a próxima reunião do conselho de assuntos estrangeiros, no dia 30 de janeiro,” disse Mann, citado pela agência de notícias Reuters.
O programa nuclear iraniano é criticado pelas potências ocidentais, que afirmam que a República Islâmica pretende usá-lo para desenvolver armas atômicas. A tensão aumento quando a AIEA (agência nuclear da ONU) divulgou um relatório em que sugere que o país realmente busca desenvolver armas nucleares. Ontem, o presidente dos EUA, Barack Obama, assinou uma resolução com novas sanções contra Teerã, pouco depois de a República Islâmica afirmar que estava pronta para o diálogo com o Ocidente sobre o seu programa nuclear e anunciar o adiamento dos testes com mísseis de longo alcance no Golfo.
A perspectiva de um aumento das sanções levou Teerã a ameaçar fechar o estreito de Ormuz –por onde passa cerca de 40% do petróleo do mundo– caso as sanções fossem impostas às suas exportações de petróleo.
A Quinta Frota americana, por sua vez, disse que não permitirá que a navegação seja interrompida no estreito. As mais recentes sanções dos EUA têm certa flexibilidade e autoridades disseram que Washington tenta garantir que elas não prejudiquem o mercado global de energia, onde os preços do petróleo estão acima de US$ 100 dólares o barril.
Tanto a UE quanto os EUA já disseram que estão dispostos a dialogar com o Irã sobre o seu controverso programa nuclear, desde que as conversações sejam significativas e sem pré-condições.
Os EUA e Israel dizem que não descartaram uma ação militar contra a República Islâmica se a diplomacia não conseguir resolver a questão sobre o programa nuclear do país, que Teerã diz que tem fins pacíficos, mas que o Ocidente diz que é um disfarce para construir uma bomba.