A utilização de novas tecnologias e a expansão do mercado tem facilitado a cadeia produtiva de caprinos e ovinos, e nos últimos dez anos foram verificados incrementos na atividade, com a modernização das propriedades rurais e a implantação de agroindústrias, principalmente abatedouros, frigoríficos e curtumes.
No Brasil a criação desses pequenos ruminantes permite a produção de carne e derivados, além de calçados e vestuário confeccionados com a pele desses animais. Condições ambientais propícias e ampla disponibilidade de terras, principalmente nas fronteiras em expansão do Semi-Árido nordestino e das regiões Centro-Oeste e Norte, garantem custos de produção relativamente baixos, favorecendo a competitividade.
Embora as demandas já garantam um mercado promissor, os gargalos estruturais e mercadológicos interferem na qualidade e regularidade da produção e na oferta dos produtos. O mercado sinaliza para o consumo de carne de animais jovens, abatidos com até seis meses de idade, mas o mais comum é o abate de animais mais velhos e com carcaças de baixa qualidade e rendimento. As peles entregues aos curtumes são quase sempre impróprias para o processamento industrial, por apresentarem defeitos causados pelo manejo inadequado e pelos procedimentos rudimentares de retirada, processamento, armazenamento e transporte das peles.
( Nordeste Rural )