Ontem (11.10) pela manhã os vaqueiros de todo o Nordeste, inclusive Juazeiro e Petrolina se reuniram em diversos protestos contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu nesta quinta-feira (6/10) derrubar uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada no estado.
Manifestantes do Vale do São Francisco organizaram uma passeata reunindo: vaqueiros montados a cavalo, caminhões, motocicletas e demais pedestres. O protesto teve saída no Parque Lagoa de Calú, em Juazeiro, e seguiu até Petrolina (no Campo da praça dos carros).
Durante a manifestação os organizadores permaneceram na Ponte Presidente Dutra, que liga as duas cidades, ficando por volta de 50 minutos. A decisão foi tomada a fim de chamar atenção para a manifestação. “Estamos aqui hoje para lutar pelos nossos direitos. Foi uma decisão sem nexo. Paramos a ponte e pararemos o quanto for necessário para chamar a atenção para essa causa”, afirmou o manifestante Leonan Costa.
Vaquejada
A vaquejada consiste na prática na qual o boi é solto em uma pista e dois vaqueiros montados a cavalo tentam derrubá-lo pela cauda. Este esporte tem sido praticado a séculos no país, especificamente no Nordeste.
Diferentes organizações estavam presentes na manifestação. Um dos coordenadores do evento e promotor de vaquejada, Marcos Vinicius, relatou que a vaqueja é uma festa de tradição cultural nordestina e que a sua pratica é essencial para geração de empregos na região.
“A manifestação está sendo muito bonita. É um desejo de mostrar para a população uma parte do que é a vaquejada. É cultura, família, é tradição. Não podemos parar. São diversos empregos gerados no Brasil. Aqui m Juazeiro e Petrolina o cenário não é diferente. É preciso que os poderes se atentem para isso”, afirmou.
Para o radialista e promotor de vaquejada do Vale do São Francisco, Gabriel Menezes, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi uma decisão arbitrária e sem conhecimento de causa.
“A decisão tomada foi uma decisão sem conhecimento de causa. Semana passada no julgamento da lei do Ceará foi feita de forma covarde. Temos receio que da mesma forma aconteça com nós. Utilizem do mesmo tipo de argumentação para acabar com a nossa vaquejada. Não vamos deixar acontecer. A vaquejada é tradição, é uma festa centenária, além de ser genuinamente nordestina”, finalizou.
Da Redação


