As vendas no comércio varejista tiveram o pior resultado desde 2003, segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados divulgados nesta quinta-feira, 14, apontam queda de 0,8% nas vendas do varejo restrito no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Este foi o pior resultado para a comparação desde o terceiro trimestre de 2003, quando o recuo foi de 4,4%. Considerando apenas os primeiros trimestres, o resultado também é o pior desde 2003 (-6,1%).
Na comparação com fevereiro deste ano, a queda nas vendas no varejo restrito foi de 0,9% no mês. O recuo foi de 1,7% nas vendas dos primeiros três meses de 2015 contra o último trimestre de 2014.
No varejo ampliado, categoria que inclui veículos e materiais de construção, a queda foi de 5,3% no primeiro trimestre de 2015, o menor resultado desde o início da série, em 2004. Na comparação entre fevereiro e março, a queda foi de 1,6%. Para esta categoria, as vendas acumulam queda de 3,4% nos últimos 12 meses.
Por atividade
Dentre as dez atividades pesquisadas o pelo IBGE, sete apresentaram resultados negativos em relação a fevereiro: veículos e motos, partes e peças (-4,6%); móveis e eletrodomésticos (-3,0%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%); tecidos, vestuário e calçados (-1,4%); material de construção (-0,3%); e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,2%).
As três atividades que tiveram crescimento no mesmo período foram: combustíveis e lubrificantes (2,8%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%).
Na comparação com março do ano passado, o impacto negativo no resultado ficou por conta das categorias hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,4%); móveis e eletrodomésticos (-6,8%); combustíveis e lubrificantes (-2,1%); e tecidos, vestuário e calçados (-1,2%). O comércio de livros, jornais, revistas e papelaria, que apresentou variação de -5,9%, não exerceu impacto significativo na formação do índice, informou o instituto.
Fonte: MSN Notícias