O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o fechamento por 72 horas de parte da fronteira com a Colômbia depois de denunciar uma emboscada executada por um grupo não identificado que deixou um civil e três militares feridos.
“Dei instruções (à Força Armada Nacional Bolivariana) para fechar a fronteira com a Colômbia em San Antonio del Táchira e em Ureña de maneira imediata por 72 horas”, afirmou Maduro por telefone em um anúncio no canal estatal VTV.
O presidente venezuelano denunciou que na quarta-feira à tarde dois homens em uma motocicleta atacaram pelas costas, com armas de fogo, dois tenentes que participavam em uma operação de combate ao contrabando na cidade de San Antonio del Táchira, na fronteira noroeste com a Colômbia.
Um oficial ficou gravemente ferido e um civil também foi atingido por tiros, segundo o presidente.
O governador do estado de Táchira, José Vielma, informou algumas horas depois que o incidente deixou um civil e três militares feridos.
“As máfias paramilitares têm muitos interesses econômicos e atacam neste horário. Lançam panfletos contra o exército venezuelano”, declarou Vielma ao canal privado Globovisión.
O ataque aconteceu quando os militares “seguiam para a tarefa diária de combater a máfia de contrabandistas paramilitares que vêm da Colômbia”, denunciou o presidente venezuelano.
Maduro disse esperar a colaboração das autoridades colombianas para a identificação e captura dos criminosos, caso tenham entrado no território da Colômbia.
Também anunciou uma operação especial para deter os autores do ataque, mas não revelou detalhes.
Este foi o segundo ataque armado na região desde o fim de julho, quando moradores colombianos denunciaram a morte de um compatriota supostamente em uma ação de militares quando transportava mercadorias da Venezuela para a Colômbia por uma passagem clandestina.
Em 28 de julho, o governo venezuelano negou uma incursão militar em território colombiano denunciada por camponeses e divulgada pela Defensoria do Povo em Bogotá.
Venezuela e Colômbia compartilham uma fronteira comum de 2.219 km e as autoridades dos dois países denunciam atividades de grupos guerrilheiros, paramilitares, narcotraficantes e contrabandistas de combustível e outros produtos fortemente subsidiados pelo governo de Caracas.
Fonte: MSN Notícias