Eles estão por toda a parte, mas com a chegada do Verão, parasitas como pulgas e carrapatos se proliferam mais rapidamente. O aumento da temperatura aliada a condições ideais de umidade faz com que em um mês, dez pulgas depositem mais de 15 mil ovos no ambiente, sendo que entre oito e dez dias as pupas (casulos) eclodem e as pulgas jovens saem a procura dos animais.
Em ambientes desabitados como casas de veraneio, elas podem sobreviver até um ano, bem seguras em seus casulos, e só se manifestam quando sentem a presença dos animais ou de humanos. “Por isso, é importante que o proprietário aplique um antiparasitário preventivamente antes de embarcar com o animal para as férias”, afirma o Dr. Maurício Giordano, médico veterinário clínico de pequenos animais.
Além de trazer incômodos como alergias e coceiras, a pulga também pode transmitir doenças graves aos animais e seres humanos. Cães e gatos infectados podem contrair o dipylidium caninum, parasita que ataca o intestino e causa diarreia, com consequente perda de peso. Ambos também podem ter processos alérgenos desencadeados como a dermatite alérgica à picada de pulgas (DAPP), além de anemia e estresse.
Em se tratando de carrapatos, os animais podem apresentar doenças como a erliquiose, a babesiose e a hepatozoonose, patologias que, quando não tratadas, atacam os glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas, trazendo consequências mais graves ao pet. “Todas estas doenças podem ser evitadas a partir de uma conduta preventiva, porém, se o animal já estiver infectado, é importante que ele receba um tratamento adequado até eliminar totalmente o problema, evitando assim consequências mais graves”, comenta o Dr. Maurício.
Outras doenças
E os cuidados com os animais não estão restritos apenas a pulgas e carrapatos. Em muitas regiões do Brasil o risco do animal contrair a leishmaniose visceral canina é real. A transmissão da doença ao cão e ao homem ocorre através da picada de um mosquito infectado, conhecido popularmente como Mosquito Palha, Cangalhinha ou Birigui, que quando infectado com o protozoário Leishmania, dissemina a doença para diversos hospedeiros. O cachorro é considerado o principal hospedeiro em ambientes urbanos, entretanto, animais silvestres, gatos e até mesmo o homem podem ser infectados.
“Nos animais sintomáticos podem ser observadas desde lesões na pele, como descamação e feridas em região do focinho, cotovelo, orelhas e rabo, até sintomas sistêmicos, como apatia, perda de peso, crescimento anormal das unhas, alterações oculares – como conjuntivites, inflamações da córnea e pálpebras –, artrites, diarreias, vômitos e sangramento intestinal. Nos casos mais graves, pode ocorrer o comprometimento de rins, baço e fígado. É importante ressaltar ainda, que há animais que não apresentam nenhuma manifestação clínica aparente, porém são transmissores da leishmaniose”, finaliza o Dr. Maurício.
Dicas para livrar-se das parasitas
- Faça um tratamento preventivo em cães e gatos, especialmente se pretende viajar com o animal;
- Alguns cômodos e locais habitados por cães e gatos precisam receber cuidados redobrados. Observe se há parasitas nos locais frequentados pelo pet;
- Utilize uma linha de tratamento específica para aplicação em animais e no ambiente, composta por produtos adequados e seguros;
- Observe as indicações de uso e as instruções que constam na embalagem de cada produto direcionado ao tratamento do animal e do ambiente;
- Prossiga com o tratamento até a eliminação total dos parasitas. Caso surjam dúvidas, consulte um médico veterinário.
Com informações Bayer HealthCare