A viúva do empresário Leandro Troesch, encontrado morto dentro de um dos quartos da Pousada Paraíso Perdido, foi presa nesta segunda-feira (9), na cidade de Iaçu, que fica a cerca de 280 km de Salvador. Ela foi transferida para a capital na manhã de ontem (09).
Shirley da Silva Figueredo foi detida por descumprir as medidas de prisão domiciliar, nessa segunda (9).
Ela foi condenada a nove anos de detenção, por participar de um crime de extorsão mediante sequestro, junto com o marido, em 2001. Shirley estava em prisão domiciliar e fugiu após a morte de Leandro.
Ele foi encontrado morto no dia 25 de fevereiro, dentro da própria pousada, que fica em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia. A polícia acredita que Shirley tem envolvimento na morte do então companheiro, e informou que a prisão dela “vai ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte do empresário”.
Segundo a Polícia Civil, Shirley está sendo levada para a sede do Departamento de Polícia do Interior (Depin) no Centro de Salvador, onde será apresentada e ficará à disposição da Justiça.
Prisão de Maqueila Bastos
Maqueila Bastos, amiga de Shirley teve a prisão temporária decretada no dia 14 de março, por suspeita de envolvimento na morte de Leandro. Ela foi encontrada na cidade de Aracaju, em Sergipe, no dia 24 de março, e transferida para Salvador no dia 11 de abril.
A investigada foi solta na tarde do dia 22 de abril, porque a Justiça decidiu não manter a prisão dela, por falta de provas. Na época, o g1 teve acesso ao inquérito policial onde Maqueila revelou que teve um relacionamento amoroso com Shirley. Ela disse ainda que Leandro sabia dessa situação.
Entenda o caso
Leandro Troesch, dono da Paraíso Perdido, foi encontrado morto dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça. Ele também já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Este ano, ele estava em prisão domiciliar na pousada, assim como Shirley.
Em depoimento à polícia, a viúva disse que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro. Dias depois da morte de Leandro, no início de março, Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, que era o “braço direito” do empresário, foi assassinado a tiros e tinha marca de golpes de faca no corpo.
Ele era uma testemunha fundamental na investigação. Marcel, que tinha envolvimento com drogas, foi morto no dia 6 de março, às vésperas de ser ouvido pela polícia, no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.
O homem, que era funcionário de confiança de Leandro, prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido, mais uma vez, um dia depois de ser assassinado.
O delegado Rafael Magalhães, que investiga o caso, afirmou que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado, após a morte de Leandro.
G1 Bahia