O governador Jaques Wagner (PT) defendeu hoje pela manhã, no Encontro Nacional de Entidades Sindicais do PSD, a política de alianças implementada por seu governo e pelo PT. Consciente das constantes críticas por ter se aliado no estado a pessoas ligadas ao carlismo, Wagner mandou recado sem mencionar o destinatário: “Kassab, quem quer fazer política não pode fazer com o fígado. Alguns olhando para essa mesa poderiam dizer: ‘Quem diria?’ “Quem diria” porque não acreditam em suas ideias e tem medo de chamar gente competente para trabalhar junto”, argumentou. “Casamento é feito entre diferentes. A arte da política é juntar diferentes. Wagner mandou recado ainda para sua base aliada sobre a disputa municipal em 2012. “Espero que o PSD e os outros partidos aliados cresçam em 2012, porque gosto de aliado forte. Vai ter lugar que vai ter briga, mas briguem vocês lá no município e deixem eu e Otto aqui quietos”.
Wagner citou o ex-presidente FHC, reconhecendo a importância do Plano Real e o fato de que alguns presentes ao ato trabalharam no governo do tucano. Wagner enalteceu a figura do vice-governador Otto Alencar (PSD), dizendo que ganhou um amigo “de dentro de casa”, criticou a fidelidade partidária, porque ” a fidelidade partidária tem que conviver com a liberdade de opinião”, defendendo que o PSD tenha direito ao tempo partidário na TV. Ele citou ainda a disputa em São Paulo, afirmando que torceu pela aliança do PSD com o PT, mas relembrou que, na época de criação do partido, o prefeito de São Paulo já teria deixado claro que apoiaria o ex-governador José Serra se ele saísse candidato. “Óbvio que vou torcer pelo candidato do meu partido, o Fernando Haddad, mas respeitando sua decisão anunciada antes mesmo da gente fundar o PSD aqui”, declarou.
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