O torcedor do Bahia esperou muito tempo pelo tão sonhado e prometido camisa 10. A diretoria do clube chegou a fazer promessas de que a vaga seria de um atleta internacional e fez até campanha. Quando o clube chegasse a 30 mil sócios – o que não aconteceu – a contratação seria anunciada. Além disso, alguns nomes como o de Romagnoli chegaram a “encher os olhos” dos tricolores, mas a negociação também não deu certo. Sem tempo a perder, o time baiano entregou a camisa 10 a Marcos Aurélio, sem holofotes.
A posta era que a experiência do jogador, que estava atuando no futebol coreano, desse resultado. Em período de adaptação, o jogador ainda não conseguiu embalar, e também não caiu nas graças da torcida. Impaciente, os tricolores chegaram a vaiar o jogador, na partida contra o Universidad César Vallejo, assim que ele tirou o colete e caminhou em direção ao técnico Gilson Kleina para receber orientações.
Sem se abalar, ele entrou em campo e fez a jogada que resultou no gol de Willian Barbio, mas parece não ter adiantado. Ao deixar a Arena Fonte Nova, o jogador optou pelo silêncio, enquanto os companheiros decidiram quebrar o silêncio e pedir apoio ao companheiro.
Amigo pessoal do camisa 10, Barbio passou pela mesma situação recentemente. Justamente por saber exatamente o que Marcos Aurélio está passando, ele decidiu abri o jogo. “Eu fiz o meu gol graças à linda jogada dele. Ele é meu grande amigo, conversamos muito, sentamos juntos na mesa e é triste ver o que estão fazendo. Ele me deu muita força quando eu passei por isso e hoje foi o meu dia de dar apoio a ele. É um atleta muito experiente, que vai evoluir e ainda vai ajudar muito o Bahia”, disse a nossa reportagem.
“Eu peço aos torcedores que parem com isso e apoiem o Marcos Aurélio, porque ele está precisando muito disso. É um bom jogador e que precisa da gente e deles (torcida). Por favor, apóiem ele como vocês apóiam a todos nós. Ele vai render e fazer vocês muito felizes”, completou.
Quem também ficou chateado com as vaias precoces ao meia foi Demerson. O zagueiro explicou que o atleta vem passando por um momento difícil e pediu mais paciência por parte das arquibancadas. “Temos que ter paciência com ele. Podem acreditar que Marcos Aurélio vai ajudar muito ainda. Tive a oportunidade de trabalhar com ele por dois anos no Coritiba e sei que ele tem uma qualidade fantástica. Ele estava fora do Brasil, jogando na Coreia, e não é nada fácil adaptar assim, logo de cara”, disse o defensor.
Marcos Aurélio chegou ao Bahia no fim de junho deste ano. Desde então, ele atuou em nove jogos pelo tricolor e ainda não marcou nenhum gol.
Fonte: Correio da Bahia