Doze detentos que teriam se envolvido no tumulto no complexo prisional Professor Aníbal Bruno, no Recife, que causou a morte de três reeducandos no sábado (5), foram transferidos para um presídio do interior por medida de segurança, de acordo com a Secretaria de Ressocialização (Seres). A Secretaria informou ainda que as investigações continuam e, se identificadas mais pessoas envolvidas, elas também serão transferidas.
A confusão teria começado no horário do café da manhã, quando cerca de 50 presos de duas celas iniciaram o conflito no pavilhão 1 do presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros e posto fogo durante a briga, segundo a Seres.
Os feridos foram socorridos para os hospitais da Restauração e Otávio de Freitas. De acordo com a Seres, a maioria já teve alta. O HR informou que os quatro detentos internados na unidade de queimados, com 27% do corpo coberto por queimaduras, permanecem em situação estável e sem risco de morte.
Ainda não se sabe o que causou a briga. O pavilhão em que aconteceu a confusão abrigava 200 presos. O Aníbal Bruno tem capacidade para 1.543 detentos mas, atualmente, conta com 4.900 pessoas distribuídas em seus pavilhões.
Os detentos do pavilhão I incendiaram duas celas. Em cada uma delas, ficam alojados entre 30 e 35 presos. Um dos homens teria morrido devido à gravidade das queimaduras, e outro por ferimentos decorrentes da briga. Um deles respondia por tráfico de drogas, e era de Salvador. O outro, de Paudalho, respondia por dois homicídios. O terceiro, um homem de 27 anos foi ferido na virilha e não resistiu ao ferimento