Infraestrutura, iluminação pública, saneamento, calçamento, saúde e segurança, direitos básicos e teoricamente garantidos pela constituição e que passam longe dos moradores do Antônio Guilhermino que cansados dos descasos resolveram procurar à imprensa para desabafar.
A principal queixa de Manoel Sebastião Lima, morador a 10 anos do bairro é a falta de segurança do Antônio Guilhermino. “Tenho filhos pequenos e quando saio de casa fico sempre apreensivo, mais das vezes escutamos os tiros, lembro que o prefeito Isaac esteve aqui, na campanha, e prometeu que teríamos direito a segurança, que os guardas municipais viriam aqui no bairro para nos oferecer segurança, nunca vieram vivemos a mercê e com medo, já coloquei minha casa a venda quero me mudar e levar minha família para outro lugar, mais seguro”, revelou com tristeza.
Manoel criticou também a saúde pública do bairro. “Tem dois meses que não tem médico no bairro, uso remédio controlado, e há mais de um mês tento uma consulta, pois o medicamento só é liberado com receita médica, tive que pagar uma consulta sem condições para poder comprar o remédio, pois se fosse esperar pelo município teria piorado minha saúde”, expôs, mostrando o esgoto que passa em frente de sua casa “pondo a saúde de sua família e de vizinhos em risco”.
A moradora Damiana Feitosa também fez questão de falar à nossa equipe de reportagem. “Esta semana me senti mal e fui ao postinho, voltei por cima do rastro, pois só havia um enfermeiro para atender um monte de gente doente. É de dar pena, não podemos nem adoecer, porque aqui não tem que cuide da gente”, afirmou com revolta. Sua filha menor de 17 anos, I.F., disse à reportagem que a situação dos moradores é crítica. “Aqui vivemos com a graça de Deus, pois só ele para cuidar da gente, olha só ao redor, não tem estrutura nenhuma, a noite é muito escuro, temos que ficar trancados em casa, pois até tiro a gente escuta, e ninguém é doido de sair para ver quem deu”, revelou pedindo que o governo olhe mais para os moradores do bairro.
Nossa equipe esteve no PSF e os funcionários informaram que não tinham autorização para dar entrevista, mas garantiram que na segunda-feira o médico voltaria a atender normalmente, depois de dois meses parados.
Por Lidiane Souza
Foto: Cristina Duarte