Num instante em que o réu José Dirceu conclama estudantes para travar a “batalha” do mensalão “nas ruas” e o secretário de Comunicação do PT André Vargas acusa o STF de ceder a “pressões”, o ministro Carlos Ayres Britto achega-se à boca do palco para chamar o feito à ordem. Presidente do STF e autor do cronograma que marcou o início do julgamento para 1o de agosto, Ayres Britto analisa o processo sob dois ângulos. Por um lado, é atípico, “seja pelo número de denunciados, pela quantidade e gravidade das acusações, pelo número de testemunhas — são 600 — e pela aposentadoria iminente de dois ministros.” Por outro, “não é um processo diferenciado. É igual a tantos outros, por mais intensa que seja essa ambiência política. O julgamento em si tem de ser técnico, imparcial, objetivo e em cima da prova dos autos.” Pressões? “Não funcionam nessa Casa”, diz o ministro. “Somos vacinados contra pressões, venham de onde vierem.” Leia mais no Blog do Josias.
Ayres Britto: ‘Somos vacinados contra pressões’
Ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto