Inoculante é todo material contendo microrganismos e que atua favoravelmente no desenvolvimento das plantas. O inoculante é um produto natural, que não causa prejuízo para o meio ambiente. Além disso, o uso deste produto aumenta a produtividade da lavoura, reduz o uso de fertilizantes nitrogenados, melhora a qualidade do solo e garante uma economia para o agricultor que deixa de gastar com fertilizantes. O nitrogênio é o principal elemento utilizado pelas plantas e o mais caro. A única alternativa para a absorção deste elemento de forma gratuita é a utilização de bactérias que se associam com diversas plantas. Pesquisadores da Embrapa estudam a ação dessas bactérias, através do uso de inoculantes há várias décadas. O inoculante para plantas leguminosas, que é a família da soja, o feijão e a ervilha, contém bactérias fixadoras de nitrogênio, chamadas rizóbios que, quando em contato com as raízes das leguminosas, induzem a formação de pequenas bolinhas como nódulos. No interior dos nódulos ocorre o processo de aproveitamento do nitrogênio do ar. A bactéria passa a fixar o nitrogênio atmosférico em compostos orgânicos que são utilizados pela planta, diminuindo uso de adubos nitrogenados. Este processo é chamado de fixação biológica de nitrogênio. A Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN) foi escolhida como um dos cinco pilares do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado em 2010 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, instituído para incentivar o uso de técnicas sustentáveis na agricultura visando, à redução da emissão dos gases de efeito estufa (GEE). A meta do governo é incrementar a tecnologia na produção de 5,5 milhões de hectares e reduzir a emissão de 10 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.