A primeira crise resultante da precipitação do processo sucessório ocorre entre a presidente Dilma e o PSB, ou seja, o candidatíssimo (a essa altura) Eduardo Campos, governador de Pernambuco, à Presidência. Há informações de que a presidente prepara-se para alijar os socialistas do seu governo, numa varredura em regra. Ela considerou que o programa político do PSB, na quinta-feira, foi marcado por ataques de Eduardo Campos ao seu governo. Campos está na linha que demarcou para a sua candidatura. Ademais, se aproxima de Aécio Neves e pretendem, os dois, estabelecer um processo de oposição à petista, inclusive se esforçarem para diminuir o mandato presidencial para cinco anos, sem reeleição. O que não está suficientemente explicado é se o esforço para a mudança servirá para o próximo mandato, no qual Dilma está em situação preferencial, ou para o mandato depois de 2018. Intriga como ficarão os socialistas baianos, da base de apoio do governador Wagner, inclusive a senadora Lídice da Mata que, aqui, poderá fechar com Wagner, mas, em Brasília, contra Dilma Rousseff.
por Samuel Celestino