Os recentes acontecimentos Brasil a fora, nos mostra que o gigante acordou talvez a nossa gente, estivesse este tempo todo trancado no quarto, devido a visitas incomodas que estavam em nossa sala.
A bandeira do falso progresso cheio de maquilagem nos números, manobras contábeis e propaganda enganosa foram rasgadas.
A miséria do povo brasileiro está longe de acabar! Não adianta fazer jogadas marqueteiras, porque o povo sai na rua todo dia, e encontra aquele mesmo mendigo de cinco anos atrás pedindo esmola, encontra uma cidade suja, com mau cheiro, violenta e com transito caótico.
A fúria do povo brasileiro está em querer vender uma mercadoria para o mundo cheio de ágio e de maquilagens, enquanto os filhos desta pátria sofrem, com a violência, são segregados por um sistema de ensino que seria a via de igualdade e se transforma em um berço de desigualdade que sepultam grandes intelectuais e afasta a equidade social. A fúria está em hospitais horríveis, que agravam a situação dos doentes e lhe dão o atestado de óbito.
A bandeira do progresso estampada ao mundo é uma verdadeira farsa. O Brasileiro sabe da agonia diária para chegar e voltar do trabalho, para ser atendido em repartições públicas, para usufruir da riqueza porque não há segurança, para sorrir, afinal só há motivos para lamentos e tristezas e para ser ouvido com respeito.
Temos uma das maiores reserva de agua doce do mundo, enquanto milhares de nordestinos sofrem com a seca. Esse dualismo brasileiro, o mundo não vê. Estádios bem equipados, o cristo redentor, o pantanal, as praias nordestinas, o palácio do planalto são os nossos maiores cartões postais. Mas o Brasil não é só isso, aliás, isso não retrata a luta do trabalhador em dia de sol quente para ganhar o pão.
Não mostra a luta dos moradores de favela, na loteria constate de voltar pra casa, afinal, as balas perdidas um dia pode lhe encontrar. A luta do nordestino no convívio árduo, angustiante e sem resultados concretos para melhorar de vida.
Precisamos sim de estádios. Mas queremos um sistema de ensino justo, igualitário, onde os nossos talentos possam desabrochar, queremos hospitais limpos e que não matem quem ajudou a construir este país. Queremos um povo mobilizado, e disposto a bater na porta dos nossos políticos e dizer: Cadê a melhoria da nossa gente? Queremos revolucionários, com os pés no chão e com a consciência de saber que não dá pra fazer tudo, mas dá pra fazer mais.
Queremos arrancar do seio do nosso semiárido esse câncer crônico chamado seca. Queremos um povo vibrante e que não foge a luta. Queremos um País onde a loteria não defina a nossa vida, que as oportunidades sejam de todos, e todos com as mesmas chances.
Dessa forma podemos bater no peito e dizer: Sou Brasileiro com muito orgulho e muito amor!
Leonardo cordeiro