Com pinta de galã dos anos 80 e de posse de algumas filosofias bem pessoais, Luiz Lopes Neto Junior, 45 anos, mais conhecido como Neto, é professor, administrador de empresa e atua como gestor de pessoas.
Neto é o personagem da última reportagem da série sobre a rotina nas academias do Vale do São Francisco. Ele tem a fama do “Fábio Junior” da região já que foi casado 5 vezes e está se organizando para 6ª edição.
Malhador desde 14 anos de idade, ele explica que na academia existem três tipos de públicos: “os que malham por necessidade de saúde, indicado pelo médico e também ´empurrados´ pela mídia; os ´pitboys´, meninos que vem malhar da cintura pra cima – são a maioria na academia – e tem aqueles que fazem exercícios por prazer, que é o meu caso. Esse publico geralmente está acima de 30 anos de idade.”
Ele conta com entusiasmo as diversas fases que vivenciou durantes todos esses anos de academia. “Eu já casei na academia. Inclusive ela era minha aluna e acredito que vários e vários namoros se iniciam dentro desse espaço”. No entanto, ele explica que a relação de amizade que se inicia dentro das academias pode perdurar por muito mais tempo.
“Penso que 80% dos jovens e adolescentes vem pra academia para paquerar.
Academia estimula a libido. A sexualidade é incrível. Não tem coisa que mexe mais com nós homens do que assistir uma mulher malhando. Isso atua no psicológico, com a libido do homem”, filosofa Luiz Neto.
Na sua teoria, a maioria dos homens que está na academia deseja aquelas mulheres que estão malhando, mas quando eles saem, querem mulheres mais cheiinhas. “O ambiente é que proporciona isso. Agora pode ser que lá fora você encontre a pessoa e não sinta nada, vai depender da química”.
Neto defende a classe masculina, empurrando a provocação às mulheres. “As mulheres são piores dos que os homens. Fingem que são desinteressadas, fazem de conta que não estão olhando e, no entanto, elas estão nos comendo com os olhos”, ressalta.
Jayme Bacelar (43), faturista, está matriculado numa academia há cinco meses e acredita que ela é um espaço para novas amizades. “Até o momento não tive nenhum outro tipo de relacionamento fora amizade, mas acho que pode surgir namoro a partir dessa convivência. Só não acho que este seja um local para se pensar como espaço de estímulo sexual. Isso eu não vejo sentido, pelo menos para mim”.
Para Artur Henrique de Melo (32), casado, administrador de empresa, consultor de investimento e freqüentador de academias a mais de cinco anos, cada academia tem um perfil de publico diferente. “Umas estão mais ligadas nessa coisa de namoro, paquera, outras têm um publico mais voltado para malhação. Mas, não há duvida que é um local de envolvimento entre pessoas, seja para namoro ou apenas amizade”, enfatiza.
Sobre relacionamento na academia, o administrador de empresa, Valman Peixoto (55), praticante assíduo desses espaços a mais de 25 anos, acredita que seja um local aberto para tudo, onde muita coisa pode acontecer. Embora não esteja focado nisso, ele defende que a malhação é um conjunto entre o exercício e a interação com as pessoas. “Malhar é tudo. Levanta sua alto-estima, seu astral e a beleza do corpo é conseqüência dessa prática”, diz ele que já teve algumas namoradas em academias.
A recepcionista Lucélia Simões da Silva (36), separada, veio para academia buscando fortalecer a musculatura e encontrou na interação com as pessoas um motivo a mais para malhar. Lucélia diz estar com o coração aberto e que, se conhecer uma pessoa interessante na academia, não haverá problema nenhum em se relacionar.
Seja para obter um corpo definido, ter um bom desempenho físico, melhorar a saúde, distrair a mente ou, quem sabe, conquistar um namorado ou uma namorada, a mensagem que esta série especial deixa para todos os leitores é a importância de praticar exercícios físicos na atualidade. E nem precisa ser só na academia. Comece programando uma caminhada na avenida perto de sua casa no início da manhã ou no fim da tarde, e vá aumentando o fluxo gradualmente. Se esta série despertou em você o desejo de mexer o corpo, as jornalistas Teresa Leonel e Irislane Pacheco ficarão muito satisfeitas.